Mesmo não acreditando que a General Motors possa fechar a fábrica de Gravataí, o prefeito Marco Alba (MDB) viaja amanhã à tarde para São Paulo para participar, na quarta-feira, com o governador Eduardo Leite (PSDB), de uma reunião que pode jogar luz sobre a crise da GM na América do Sul. Foi o que ele contou hoje (28/1) cedo depois de participar de uma videoconferência com a cúpula da GM Mercosul, na sede administrativa da montadora em Gravataí.
Alba disse que ouviu do presidente Carlos Zarlenga, da GM Mercosul o que já virou um bordão dentro da empresa e nos encontros que a direção da fábrica americana tem realizado com os dirigentes sindicais: não pode ter prejuízo neste ano e é preciso reverter já as perdas acumuladas de 2016 a 2018.
Na quarta-feira, em São Paulo, a expectativa do prefeito é que haja mais clareza sobre o que a empresa que tem sede em Detroit, nos Estados Unidos, quer dos governos do estado e do município, além dos planos para o Mercosul.
— O que a gente espera desta reunião com a direção da GM em São Paulo é que fique mais claro qual deve ser a nossa participação nesses processo todo.
O prefeito foi enfático quanto às preocupações que nutre diante da possibilidade de a direção reavaliar os investimentos e até fechar as fábricas que tem no Brasil, inclusive a de Gravataí.
— É extremamente delicado, sim, este assunto. E estamos preocupados porque quem define os procedimentos e comportamentos do setor privado é o mercado que tem exigido mudanças comportamentais inclusive do setor público — afirmou.
Equação
Alba afirmou que o que está à mesa é uma equação complicada, mas que necessita ser solucionada sob pena de comprometer a economia do município, tanto na questão da arrecadação de impostos quanto na geração de emprego.
— É preciso compatibilizar as exigências de mercado com o setor produtivo, a geração de emprego e renda…
E acentuou:
— A GM olha Gravataí de modo diferente porque esta planta é altamente produtiva, produz lucro, mas olha o conjunto, o todo que é o resultado obtido pela General Motors na América Latina. E daí Gravataí passa a fazer parte de um outro contexto e essa é a discussão que está aberta e que exige serenidade porque é um tema delicado que pode ter consequências de médio e longo prazos.
Além do prefeito também participaram da reunião o Procurador Geral do município Jean Pierry Torman, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra), Valcir Ascari (popularmente chamado de quebra-molas) e o diretor jurídico do sindicato, Edson Dorneles.
: Na GM: prefeito Marco Alba e procurador Jean Torman
DETALHES
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A videoconferência com a cúpula da GM que participou de São Paulo teve duração de 45 minutos e iniciou às 7h30min da manhã de hoje.
2
Foi o tempo em que sobrevoaram o Complexo Industrial Automotivo de Gravataí (Ciag) 18 aviões, em rota de aproximação pelo Norte ao Aeroporto Internacional Salgado Filho.
3
O efeito de um eventual arrefecimento nos investimentos da GM em Gravataí, ou mesmo a suspensão das atividades na aldeia dos anjos, refletirá no governo do próximo prefeito se acontecer neste ou no próximo ano.
Confira a entrevista do prefeito Marco Alba para o Seguinte:.
