— Espero para segunda-feira, depois que passar esse período de feriadão prolongado das festas de fim de ano, que alguém apareça aqui na escola trazendo uma boa notícia sobre estas obras.
A exclamação é da diretora da Escola Estadual de Ensino Médio Tuiuti, a professora Geovana Rosa Affeldt, sobre as expectativas nada animadoras para a retomada das aulas naquele que é o maior educandário da rede estadual em Gravataí, que findou 2019 com cerca de 1.200 estudantes.
O cenário aponta para uma redução imediata da ordem de 200 alunos, mais ou menos, e de aulas sendo ministradas em espaços improvisados da vizinhança, como um centro de tradições e a escola do Bairro Bonsucesso, onde está localizada a Tuiuti. O período de matrículas de novos alunos já iniciou e as vagas não foram abertas para 2020.
De acordo com a diretora, as turmas para as quais não estão sendo aceitas as matrículas são da primeira série, do sexto ano e várias para o primeiro ano do Ensino Médio. São em torno de 200 vagas a menos para comunidade que já tem procurado a escola relatando dificuldades para matricular os filhos longe do bairro.
ATENÇÃO
A Secretaria Estadual de Educação suspendeu a realização de matrículas para novos alunos na Escola Estadual de Ensino Médio Tuiuti. Dependendo da procura, isso significa entre cinco e seis turmas, conforme a projeção da diretora Geovana Affeldt.
Pavilhões
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O pavilhão com quatro salas de aulas que foi interditado em julho de3 2019 depois de uma vistoria feita por técnicos da Secretaria de Obras do Estado já foi restaurado e entregue para utilização da escola.
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O problema agora se refere aos três pavilhões que foram interditados dia 13 de novembro passado – equivalente a 12 salas de aulas – depois de vistoria do Conselho estadual de Educação e de engenheiros da Secretaria de Obras.
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A polêmica na Escola Tuiuti se arrasta desde 2016 quando a direção pediu a recuperação de instalações físicas, especialmente da rede de energia. Entre a comunidade escolar se falou até no fechamento do educandário.
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O quatro se agravou no ano passado quando parte do forro de um dos pavilhões caiu e pais de alunos se mobilizaram, pedindo obras de restauração, inclusive ocupando as instalações da Tuiuti como forma de pressão.
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Em julho o pavilhão em que parte do teto caiu foi interditado. Os alunos passaram a ter aulas em outros pavilhões e no salão de eventos, também com condições precárias tanto que o forro foi retirado em três destes pavilhões.
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Chamou a atenção e foi estopim para a interdição de novembro – três pavilhões – uma foto que circulou nas redes sociais em que alunos assistiam à aula protegidos por um guarda-chuva, dada a precariedade do telhado.
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Desde a interdição, o governo do estado, através das secretaria de Educação e de Obras Públicas não se manifestou de forma definitiva quanto à recuperação dos três pavilhões. Alegou apenas que providencias estavam sendo tomadas.
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Na comunidade escolar uma mobilização de pais promoveu evento dia 14 de dezembro em que arrecadou R$ 20 mil, aproximadamente, dinheiro que o Círculo de Pais e Mestres pretende empregar na restauração. Nada definido.
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O CPM abriu conta no Banrisul para arrecadar fundos na forma de “vaquinha on-line” e doações A ideia é equipar a escola, desde que as obras de recuperação dos pavilhões realmente aconteçam. O número da conta deve ser anunciado até segunda-feira.
A FRASE
— Hoje, três dos pais que me procuraram disseram que não se importam de ter seus filhos tendo aulas no salão da Igreja porque sabem que a escola é uma das melhores da cidade e que a situação é temporária…
Geovana Rosa Affeldt
Diretora da Escola Estadual Tuiuti
Importante
O ano letivo de 2020 na rede de esnino do estado começa na metade do mês que vem, fevereiro. No dia 17 para os professores e no dia seguinte, 18 de fevereiro, para os alunos.
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