campanha do agasalho

Como funciona receber e doar agasalhos em Gravataí

Gabinete da primeira-dama de Gravataí, Patrícia Bazotti Alba, coordena a Campanha do Agasalho que já está em andamento

Não é um simples receber aqui e entregar ali. Uma campanha do agasalho, para atingir seus reais objetivos, exige organização, dedicação e muita abnegação, tanto de parte daquelas pessoas que fazem doações quanto das responsáveis por pensar a campanha e depois executá-la.

É preciso acolher os donativos, realizar o processo de triagem e, em seguida, encaminhar para as entidades que ficarão encarregadas de fazer com que as peças de vestuário e calçados, entre outras, cheguem ao destino final: quem necessita de agasalhos.

Em Gravataí não é diferente, e é assim que está funcionando a Campanha do Agasalho 2017, coordenada pelo Gabinete da Primeira-Dama, Patrícia Bazotti Alba, e executada pela secretaria municipal da Família, Cidadania e Assistência Social, com apoio do Sindilojas, Acigra e Shopping Gravataí.

A meta é repetir o recorde de 60 mil peças arrecadadas e, com esse número, beneficiar aproximadamente 20 mil famílias. Aliás esse recorde, segundo lembrou a primeira-dama, é a metade da arrecadação anual na campanha do agasalho do governo do estado, nos 497 municípios do estado.

— Esse é um número muito bom, excelente! Se repetir essa arrecadação a nossa campanha terá sido um sucesso novamente — disse Patrícia.

 

A quinta vez

 

A Campanha do Agasalho 2017 vem sendo realizada desde o dia 22 passado, e nesta quarta-feira (31/5) tem uma ação importante, que é o Desafio Social, dentro da programação do Dia do Desafio, com a finalidade de incrementar a arrecadação de donativos.
A abertura oficial, porém, está marcada para o próximo dia 6 com a inauguração da Loja do Bem, no Shopping Gravataí. Vai ser às 18h30min, com o tradicional desfile de peças de roupas doadas para a campanha. A Loja do bem vai funcionar como ponto de recolhimento de doações da comunidade.

De acordo com a primeira-dama Patrícia Alba, este é o quinto ano em que está à frente da campanha, normalmente realizada entre os meses de maio a julho, os mais frios do ano. Quando acontece alguma excepcionalidade, provocando a necessidade de atendimento emergencial às famílias, o período pode ser dilatado por mais um mês.

 

Como funciona

 

Para que a campanha aconteça é necessário firmar parcerias e envolver entidades empresariais, órgãos públicos e a comunidade. Através das parcerias são estabelecidos os postos de recolhimento, que recebem caixas onde serão depositadas as doações. São estabelecimentos comerciais de diversos ramos de atuação, indústrias e órgãos públicos municipais, por exemplo.

Ao município, através da secretaria municipal da Família, Cidadania e Assistência Social cabe receber em sua sede e recolher as doações deixadas nos postos de coleta, fazer a triagem e, no menor prazo possível, encaminhar para as entidades assistências para que sejam, daí, repassadas a quem precisa.

Estas entidades assistenciais, especialmente as associações de bairros, pela proximidade que têm, geralmente sabem quais são as famílias que realmente necessitam destas doações. São entidades que têm um cadastro com quem vive em situação de vulnerabilidade e direcionam as doações para estas pessoas.

Em datas previamente estabelecidas e anunciadas a secretaria leva o que tem de doações e realiza uma espécie de “feirão”, onde as pessoas cadastradas escolhem o que necessitam de acordo com o sexo e a idade (tamanho) das pessoas que fazem parte da família.

— O que não é doado nestas ocasiões volta para a secretaria e vai ser juntado às novas doações que chegarem, para serem expostas em outro local, outra associação. A gente não faz doações ‘fechadas’ para que as famílias não recebam o que não necessitam. Deixamos que escolham que é uma forma de, depois, não jogarem as roupas no lixo — explica.

 

: Funcionária faz triagem de calçados na Rouparia que fica na sede da secretaria da Família

 

Na rouparia

 

Na sede da Secretaria da Família funciona uma rouparia, que centraliza o recolhimento das doações e onde acontece a triagem do material recebido. O que mais é doado pela população, de acordo com Patrícia, é vestuário. Depois, pela ordem de volume-quantidade, vêm calçados, cobertores, roupas de cama e colchões, entre outros materiais que chegam em número bem menor,

A rouparia da secretaria não dispõe de um núcleo que execute consertos, principalmente nos agasalhos, daí o apelo de Patrícia Alba para que sejam doadas roupas em condições de uso.

— Claro que pequenos reparos podem ser feitos por quem recebe a doação, mas é muito importante que as pessoas não usem a campanha do agasalho como forma de descartar aquelas peças de roupas que não têm mais condições de uso — diz a primeira-dama de Gravataí.

A maior necessidade são as roupas para recém-nascidos e crianças com, pelo menos, até 10 anos de idade. A doação de agasalhos para esta faixa etária é dificultada por uma prática que é comum no meio familiar, repassar as peças de roupas que não servem mais ao filho, por exemplo, para um filho ou sobrinho menor.

Este tipo de donativo – para crianças pequenas – é muito importante para que possam ser beneficiadas o grande número de mães jovens, adolescentes até, que vivem nos bairros e vilas da periferia em situação de extrema necessidade. De acordo com Patrícia, este e outros tipos de agasalhos e roupas podem ser doados durante todo ano na Secretaria da Família.

 

: Joice Alves, secretária-adjunta da pasta da Família, Cidadania e Assistência Social de Gravataí

 

Loja do Bem

 

Ideia lançada há quatro anos por um empresário do ramo de confecções e material esportivo, a Loja do Bem será realizada, neste ano, pela quarta vez. De acordo com a primeira-dama Patrícia, trata-se de um espaço cedido sem custo à administração municipal, que centraliza arrecadações fora da Secretaria da Família.

A Loja do Bem já funcionou no prédio da loja Free Surf, no centro da cidade e cujo proprietário foi quem lançou a ideia, na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e por duas vezes no Shopping Gravataí. Esta vai ser a terceira edição no complexo comercial localizado na avenida Centenário, ou RS-030.

 

Povo solidário

 

O povo gaúcho é considerado extremamente solidário e ajuda nas ações sociais e principalmente de socorro à quem necessita, como atingidos pelas enchentes e vendavais, por exemplo. Para a primeira-dama Patrícia Bazotti Alba o gravataiense é tão ou mais solidário, e participa ativamente dos movimentos de cunho social como é a campanha do agasalho.

— A população de Gravataí é muito participativa. Demais, demais! — exclama a primeira-dama. Que completa:

— É impressionante como as pessoas se mobilizam e se organizam no condomínio onde moram, na fábrica ou no comércio em que trabalham, fazendo um recolhimento entre colegas e vizinhos.

 

Estoque baixo

 

Na Rouparia, a secretária-adjunta da Família, Cidadania e Assistência Social, Joice Alves, contou nesta segunda-feira que o estoque de doações está baixo porque parte do que chegou nos últimos dias já foi encaminhado às famílias.
Segundo ela, o “Desafio Solidário” desta quarta deve incrementar bastante o volume de donativos, assim como o lançamento oficial da Campanha do Agasalho 2017 que vai ser na abertura da Loja do Bem, dia 6.

 

Depois do assalto

 

A aposentada Rosângela Freitas, de 50 anos, foi hoje à Rouparia da SFCAS em busca de agasalhos para as oito pessoas que vivem com ela na casa que fica na localidade de Fazenda do Rosário, altura da parada 94 da RS-020.

Rosângela disse que esta é a primeira vez que buscou a ajuda e que toda doação que conseguisse seria muito importante, tanto de vestuário quanto calçados e roupas de cama.

— A gente precisa muito porque fomos assaltados e levaram tudo que a gente tinha. Ficamos sem nada dentro de casa e a gente não tem condições financeiras para comprar o que precisa — explicou a aposentada.

 

: Rosângela Freitas foi buscar doações pela primeira vez depois do assalto em que levaram tudo que tinha

 

Onde doar

 

– Na Rouparia que funciona no térreo da secretaria da Família, Cidadania e Assistência Social, localizada na rua Major Ismael Alves, 15, centro de Gravataí, esquina com a Rua Salvador Canelas Sobrinho.

 

Outros postos de arrecadação

 

– Prefeitura Municipal

– Centro Administrativo Leste

– Ulbra Gravataí

– Lojas Wilk

– Correio de Gravataí

– Epcos TDK

– CFC Rumo Certo

– Sindilojas

– Acigra

– Shopping Gravataí

– Sogil

– General Motors

– Drogamed Farmácia do Paulinho

– Pirelli Pneus

– Brigada Militar

– Atacadão 118 Cestas Básicas

– OAB Sub Seção Gravataí

– Margarete Lipert Estética

– Gold Vale Imobiliária

– Revista Evidência 

– Restaurante Nunes

– Rissul Parque dos Anjos

– Panvel Farmácias – Centro

– Lions Clube Gravataí

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Receba nossa News

Publicidade