SAÚDE

Como Gravataí reduziu quase pela metade a gravidez na adolescência

Gravataí registrou uma redução de 44% na taxa de gravidez na adolescência nos últimos três anos, resultado atribuído à Estratégia Municipal de Planejamento Sexual e Reprodutivo, implementada em 2021 pela Prefeitura. A iniciativa, coordenada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem como foco ampliar o acesso a métodos contraceptivos e qualificar o atendimento à saúde sexual e reprodutiva da população.

O impacto da política pública é significativo: em 2021, a cidade contabilizava 280 adolescentes grávidas, o que representava uma taxa de 9,23%. Já em 2024, esse número caiu para 156 gestantes entre 10 e 19 anos, equivalente a 6%, de acordo com dados da SMS.

“Esse resultado é fruto de uma rede de saúde comprometida com o bem-estar da população. É uma iniciativa fundamental para garantir maior acesso àquelas que desejam prevenir uma gravidez não planejada, permitindo um planejamento de vida mais consciente e saudável”, destacou o secretário municipal da Saúde, Régis Fonseca.

Entre os principais métodos disponibilizados gratuitamente pela rede pública de Gravataí estão o Implanon, um implante subcutâneo de etonogestrel, e o dispositivo intrauterino hormonal (DIU), ambos viabilizados com recursos próprios do município, visto que não são fornecidos pelo Ministério da Saúde.

Desde a incorporação do Implanon na rede municipal, foram realizados 6.872 procedimentos de inserção em mulheres da cidade. Já o DIU hormonal teve 336 procedimentos realizados desde 2022, todos no Centro Municipal de Saúde (CMS).

A Lei Municipal nº 4.496/2022 regulamenta a oferta do Implanon e estabelece critérios de elegibilidade, como adolescentes entre 14 e 19 anos com vida sexual ativa; mulheres em situação de risco social, como em situação de rua, vítimas de violência ou dependentes de substâncias psicoativas; mulheres com distúrbios psiquiátricos, síndromes genéticas ou vivendo com HIV; além daquelas em tratamento de tuberculose, hepatites B e C ou que tenham três ou mais filhos com baixa adesão a outros métodos contraceptivos.

Para solicitar o implante ou obter orientações, as mulheres devem procurar a unidade de saúde mais próxima, onde será feita a avaliação e o encaminhamento.

Além dos atendimentos nas unidades básicas, Gravataí também oferece serviços no Ambulatório de Saúde da Mulher, localizado no CMS. O espaço realiza procedimentos e acompanhamentos em obstetrícia, ginecologia, planejamento reprodutivo, climatério e saúde infanto-puberal.

A rede pública da cidade ainda disponibiliza métodos contraceptivos tradicionais, como preservativos masculinos e femininos, DIU de cobre, anticoncepcionais orais combinados e minipílulas, pílula de emergência, laqueadura tubária e vasectomia.

O Ministério da Saúde alerta que a gestação na adolescência aumenta os riscos de complicações de saúde para mães e bebês, além de interferir negativamente no percurso educacional das jovens, elevando o abandono escolar e dificultando a inserção social e profissional.

Com as ações implementadas, Gravataí avança na promoção de uma política de saúde pública preventiva e inclusiva, oferecendo às mulheres — especialmente às mais vulneráveis — a possibilidade de escolha consciente sobre seu próprio corpo e futuro.

Mais informações sobre o acesso aos serviços e métodos contraceptivos podem ser obtidas nas unidades básicas de saúde de Gravataí ou no Centro Municipal de Saúde.

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