brasília

Como Jones pode virar ministro de Temer

Jones Martins pode ser primeiro ministro da história de Gravataí

Jones Martins está cotadíssimo para substituir Osmar Terra, também do PMDB gaúcho, no Ministério do Desenvolvimento Social. A confirmação vem dos camarotes de Brasília, com o perdão do inevitável e infame trocadilho: depois da Folha de S. Paulo e do Estadão, ninguém menos que o colunista do G1 e da GloboNews Gerson Camarotti revelou neste domingo uma disputa exclusiva pelo cargo entre o deputado federal de Gravataí e José Alberto Beltrame – de quem foi um dos principais assessores na secretaria executiva do Ministério da Saúde.

Jones ainda evita comentar as probabilidades. Ele atendeu o Seguinte: domingo à noite e outra vez pediu para não entrar em detalhes sobre as articulações. Ele não quis comentar as informações de Camarotti, e de outro deputado ouvido em reportagem anterior, que calculam as chances em “50% a 50%”.

– É uma honra ser lembrado, mas estou focado em concluir esses últimos dias de mandato e organizar minha pré-candidatura – despista Jones, que pode palestrar dia 3, no Almoçando com a Acigra, como o primeiro ministro da história de Gravataí.

A três semanas do fim prazo previsto em lei, ao menos nove ministros planejam deixar os cargos para disputar as eleições deste ano. Osmar Terra já confirmou que sai até 7 de abril.

 

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Jones, que assumindo o MDS não concorreria à reeleição, é o preferido do líder da bancada do partido na Câmara dos Deputados, Baleia Rossi, que vê no político gravataiense a certeza de interlocução com os deputados federais do partido. É também, e Gravataí inteira sabe, muito próximo a Eliseu Padilha, o chefe da Casa Civil e número 1 de Michel Temer que em nome do presidente comanda as rodadas de conversa com ministros e partidos para acertar quem fica, quem sai e quem serão os substitutos.

 

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Destes bastidores emerge a projeção de que uma característica mostrada por Jones pode pesar bastante na decisão: a fidelidade ao governo, tanto nos momentos de maior tensão política – ao defender o presidente quando o grito geral era pela renúncia após a delação dos magnatas caipiras da JBS e na votação do impeachment – como na aprovação da reforma trabalhista, na defesa da congelada reforma da previdência e no voto favorável à intervenção no Rio.

Nas conversas com políticos, conforme a GloboNews, Padilha tem informado que os novos ministros devem estar alinhados com o Planalto nas votações no Congresso e também com o candidato do governo à Presidência da República nas eleições de outubro.

Para esquentar ainda mais o nome de Jones, neste domingo o Estadão deu como manchete a informação de que “Temer já avisa aliados” que é candidato à reeleição para “defender o legado e a honra”. Conforme o jornal, o presidente aposta na recuperação da economia e na intervenção no Rio para reverter a baixa popularidade.

E Jones já mostrou que tem coragem para defendê-lo na campanha eleitoral.

 

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