opinião

Como ler Marco Alba; o card que até agora é ’a’ peça de 2020

O card que chegou pelo WhatsApp

O card que ilustra este artigo recebi pelo WhatsApp de uma fonte que apelidei de ‘O Melhor Repórter de Gravataí’.

É genial, porque a sequência ao card das pontes é o card da Centenário, da Jorge Amado, da UPA, das creches, dos uniformes e material escolar para as crianças, e o que o governo achar conveniente fazer propaganda.

Não sei quem criou a peça porque o presidente do partido, entre esta quinta e a madrugada desta sexta, não retornou minhas ligações e mensagens pedindo para atender o celular ou comentar o assunto pelo WhatsApp.

Ok. Sem estresse. É normal para um ocupadíssimo Jean Torman, que além de presidente do partido do prefeito é, nas mesmas 24h do dia de qualquer mortal, secretário da Saúde e procurador-geral da Prefeitura.

Enfim, que é uma tirada sensacional esse "Meu candidato é…", dificilmente alguém que acompanha o Netflix da política da aldeia não vai concordar!

Aos alienados que não sabem nada sobre candidaturas a síndico do chão aonde pisam, foi na última segunda, ao Seguinte:, que Marco Alba falou pela primeira vez em vídeo sobre seu apoio à Prefeitura em 2020.

Reproduzo a fala ao final deste artigo.

Como um Glenn Greenwald, Marco segue ‘Senhor do Tempo’ em relação à candidatura governista: disse nada para alguns, muito para outros.

Em meu tempo de universidade havia um livro que rendia tese: ‘Como Ler o Pato Donald’. Nada a ver, porque era um manual anticolonização inspirado em Marx (Karl, não Groucho, mais adequado ao Brasil), mas exercitarei um ‘Como Ler o Marco Alba’, ao analisar o discurso do prefeito no vídeo, no contexto do card espirituoso que ilustra o artigo.

Na entrevista, Marco joga para outubro, no MDB, o debate sobre quem será o candidato do governo em 2020. Justifica que é preciso entender o sentimento do eleitor até lá.

Para alguns, pode parecer uma estratégia de proteção de um político experiente, que quer eleger o sucessor conforme o balanço entre a intraduzível ‘nova’ e ‘velha’ política; para outros, pode ser a nada desprezível ideia de entregar – apoiar é verbo mais republicano – algo mais  próximo ao que deseja a comunidade onde vive desde sempre.

Prestem atenção, interessados e interesseiros.

Acredito errar quem interpreta a entrevista do prefeito como um recado de que só fala de eleições após findar o prazo de troca de partido. No caso, outubro, um ano antes da eleição. Explico isso mais adiante, não sem antes assistirmos a um episódio Netflix de teoria da conspiração.

Sob o erro (que mostro depois), a mensagem de Marco poderia valer para Jones Martins, que é do MDB, e, como acredito, ‘Ficha´1’ desde sempre como candidato a prefeito. Supostamente segurando as discussões no partido até outubro, Marco estaria obrigando o companheiro desde sempre a decidir se fica ou sai do MDB, antes de ganhar a condecoração do general como candidato.

O suposto recado de Marco também poderia valer para os que sonham com uma volta de Levi Melo ao MDB. Hoje no PRB, partido que tem como sobrenome ‘Igreja Universal do Reino de Deus’, o médico caiu, não num conto do vigário, mas numa realidade dos pastores, que apoiaram os evangélicos Sérgio Peres, para Assembleia Legislativa, e Carlos Gomes, à Câmara Federal.

Permitiram ao Dr. Levi decidir se queria concorrer ou não com o bolso próprio, quando o marido da indignada Jucelei ainda pagava contas da campanha à Prefeitura em 2016.

Desistiu.

Sinto informar só agora, após 3.510 caracteres (instigar a leitura é minha cruzada civilizatória), que tudo isso é uma grande bobagem.  

A minirreforma eleitoral de 2015 mudou as regras. Eleitos podem trocar de partido, sem risco de cassação por infidelidade partidária, ao cumprir 3 anos e 3 meses de mandato. Os que não têm mandato, como Jones e Levi, consultem a alteração na Lei 9.504/97, que agora prevê:

 

“(…)

Art. 9. Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de seis meses e estar com a filiação deferida pelo partido no mesmo prazo.

(…)"

 

Findo suspense, o recado de Marco não parece ser para alguém, mas para todos no partido. E o card a que me referi é perfeito para o momento do MDB em Gravataí. O candidato do governo, hoje, para unir o partido, precisa representar as obras e o legado de Marco Alba.

Afinal se o prefeito e os seus não mostrarem que estão governando, e a eleição é só no ano que vem, a porteira fica aberta a todo tipo de vigarista que começa a assediar candidatos, tanto do governo, quanto da oposição.

Um coisa que se evidencia certa é que, acordar e dormir conforme o melhor e o pior do Grande Tribunal das Redes Sociais, é decidir o campeonato fora de casa.

Não é torcida ou secação, é a análise do jornalista.

Ah, para não esquecer de lembrar!: se algum estagiário da Prefeitura ou do MDB inventou esse card do "Meu candidato em Gravataí é…". que vale para Prefeitura ou para a Câmara de Vereadores, merece ganhar um bom CC.

 

Siga o que Marco disse ao Seguinte: sobre quem vai apoiar em 2020

 

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