O governo brasileiro caminha oficialmente para fechar 2016 com o terceiro rombo anual seguido em suas contas. Isso porque o Congresso Nacional aprovou nesta quarta-feira a nova meta fiscal: um deficit primário recorde de R$ 170,5 bilhões.
Na tentativa de reverter esse quadro, o presidente interino Michel Temer anunciou que proporá ao Legislativo uma alteração na Constituição para criar um teto para o crescimento dos gastos.
A ideia é que o aumento fique limitado à inflação do ano anterior, restringindo inclusive a expansão dos gastos com saúde e educação.
Outras medidas impopulares também estão em discussão, como aumento de impostos e reforma da previdência.
– As despesas do setor público estão em trajetória insustentável. Lá na frente, vamos condenar o povo à dificuldade extraordinária – argumentou Temer.
Os resultados negativos, que começaram a ser registrados a partir de 2014, interromperam 16 anos de saldos positivos nas contas federais.
Em 2015, o governo já havia registrado um deficit de R$ 115 bilhões em suas contas, ao ser obrigado, por recomendação do TCU, a quitar repasses para bancos públicos que estavam atrasados (operação que ficou conhecida como pedalada fiscal).
Mas, afinal, como chegamos a esse rombo recorde? E qual o problema dessa resultado?
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