Uma semana depois de encaminhar à câmara técnica do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CRH) uma lista com investimentos estancados pelo Estado há mais de dois anos, que totalizariam R$ 8,5 milhões em ações permanentes contra as secas no Rio Gravataí, o Comitê de Gerenciamento da Bacia do Rio Gravatahy teve, nesta sexta, a confirmação, em reunião extraordinária do CRH, de que os projetos listados estão entre as prioridades de aplicação do Fundo de Recursos Hídricos e das secretarias estaduais de Meio Ambiente e da Agricultura.
Com recursos já garantidos e a afirmação de que há prioridade, resta agora ao governo estadual executá-los.
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O projeto com maior percentual de investimentos previstos na bacia do Gravataí é o Programa de Revitalização de Bacias, orçado em R$ 5 milhões. De acordo com secretário adjunto do Meio Ambiente, Guilherme de Souza, o programa lidera a lista de prioridades de investimentos contra as secas, juntamente com o Atlas de Geração Hidrográfica.
Já a execução dos minibarramentos ao longo do Rio Gravataí, com R$ 2 milhões garantidos pelo Fundo de Recursos Hídricos, a partir de repasse federal, assim como outros R$ 600 mil em campanhas de conscientização sobre o uso de água, podem, finalmente ter os recursos investidos.
Uma lista de projetos estratégicos foi aprovada pelos conselheiros na reunião online que contou com a participação do presidente do Comitê Gravatahy, Sérgio Cardoso.
– O assunto finalmente entrou na pauta dos gestores do Estado. Os recursos nós já temos garantidos. Agora, o trabalho será direcionado em tirar do papel e fazer com que o governo estadual execute. Não é uma discussão para evitar esta seca que estamos vivendo neste verão, é para garantirmos a sobrevivência do rio e a sua importância para toda a economia da região e o abastecimento humano nos próximos anos – salienta Cardoso.
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O encontro do CRH ainda serviu para que a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural confirmasse a intenção de abertura de poços, cisternas e micro-açudes em todo o Estado. Entre as demandas da região estão a abertura de 20 poços tubulares em pequenas comunidades, com previsão de R$ 900 mil em investimentos.
Do ponto de vista da gestão de recursos hídricos do Rio Grande do Sul, a reunião do CRH também serviu para atualizar o público sobre o trabalho de atualização do Plano Estadual de Recursos Hídricos. De acordo com a chefe da divisão de planejamento do Departamento de Recursos Hídricos, da Sema, Raíza Schuster, a consulta pública, aberta a contribuições da sociedade, representada pelos comitês de bacia, segue até o dia 31 de janeiro.
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