nesta quarta

Consulta Popular tem apenas 80 centavos por habitante

Julio Souza é presidente do Corede e responsável pela organização das assembleias na região

Os sedutores milhões e milhões do passado, que não saltavam dos números para a vida real, se tornaram apenas R$ 2 milhões este ano para serem divididos entre 10 municípios do Corede Metropolitano na Consulta Popular do Estado, que começa nesta quarta-feira em Gravataí.

Isso significa que se Gravataí, Cachoeirinha, Glorinha, Viamão, Santo Antônio, Alvorada, Guaíba, Triunfo, Eldorado e até Porto Alegre atingirem o percentual de participação de 1,5% do eleitorado, serão R$ 0,80 por habitantes divididos em prioridades definidas em votação pela internet.

Na assembléia desta quarta, no Aldeião, a partir das 19h, qualquer morador de Gravataí pode levantar o braço e votar em cinco temas prioritários entre 10 áreas (saúde; segurança; desenvolvimento econômico; agricultura; turismo; ciências e tecnologia; esporte, lazer e cultura; infraestrutura; meio ambiente e mobilidade urbana).

Com pouco dinheiro, a estratégia é focar em uma prioridade específica. A escolhida para uma mobilização que parte da aldeia é a mesma que preocupa sete em cada dez pessoas nas pesquisas.

– Estamos nos articulando com as prefeituras e os órgãos da área para que a segurança seja uma prioridade de toda região e permita a compra de equipamentos, armas, coletes e viaturas, por exemplo – antecipa Julio Souza, desde 2012 responsável pelo processo de consulta popular na Prefeitura e em 2015 eleito presidente do Corede, que apela pela participação.

A cada 30 votos, Gravataí elege um delegado para dia 18, na Ulbra, defender a inclusão das prioridades na cédula para votação com título de eleitor e exclusivamente pela internet dias 1, 2 e 3 de agosto pelo www.consultapopular.rs.gov.br

A expectativa do presidente é de que pelo menos 500 pessoas participem desta primeira assembléia municipal. Com as prioridades definidas, Julio começará uma campanha de visitas pela cidade para divulgar a votação de agosto.

Em 2016, com a participação exclusiva pela internet, sem a histórica mobilização de levar urnas aos locais de grande movimentação e a parceria com entidades e associações de bairro, a votação vertiginosamente.

Se em 2013 a participação envolveu 24 mil pessoas, ano passado não chegou a 6 mil. Para Gravataí não perder a verba, no mês que vem pelo menos 2,5 mil pessoas precisam ir ao site e dar seu clique.

 

Passivo de R$ 3 milhões

 

Pelos cálculos do presidente, de uma dívida total do Estado de R$ 300 milhões com os municípios, Gravataí é credora de mais de R$ 3 milhões nos últimos quatro anos. Se o município recebeu quatro viaturas para a Brigada, duas caminhonetes para a Polícia Civil, duas ambulância com UTI neonatal, três veículos para transporte de hortifrutigranjeiros e mobiliário novo para todas as escolas, ainda ficaram para trás oito viaturas para a Civil, quatro para BM, uma para Susepe, R$ 800 mil para reformas em postos de saúde, R$ 150 mil para regularização fundiária e cisternas para agricultura familiar.

– Pelo menos agora as coisas estão acontecendo. No passado se divulgava muito dinheiro, mas os repasses não eram feitos – alerta ele, que deixa o celular 991439696 para dúvidas dos eleitores.

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