coluna do martinelli

Contra Temer, Stédile denuncia compra de votos

José Stédile, agora no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília

Em menos de uma hora José Stédile (PSB) vai votar para que seja aceita a denúncia de corrupção passiva apresentada pelo procurador geral da República Rodrigo Janot contra Michel Temer, o transformando no primeiro chefe da nação a responder por crime comum após a delação feita à Operação Lava-Jato por Joesley Batista, o magnata caipira da JBS que espalhou dinheiro e o fedor de carne podre Brasília e Brasil afora, antes de embarcar de primeira classe para os Estados Unidos.

– Há provas concretas, como havia contra Dilma (Rousseff) quando votei a favor do impeachment, e contra o (Eduardo) Cunha quando votei pela cassação – disse há minutos ao Seguinte: o ex-prefeito de Cachoeirinha, direto do plenário em Brasília, impressionado com o “toma-lá-dá-cá” no House of Cards tupiniquim.

– Nunca vi nada assim, nem na cassação da Dilma. Está escancarada a compra de votos! Vai de emendas sendo liberadas até oferta de dinheiro para campanhas – denuncia, lamentando o silêncio do povo:

– Não há ninguém nas ruas. Há muita apatia, as pessoas parecem achar que um é pior que o outro… Voto de bem com minha consciência, não pensando em pior ou melhor. Por que um presidente não pode ser investigado, se há elementos claros na denúncia?

Deputado federal em segundo mandato e com a experiência de sete anos pelos tapetes verdes e azuis do Congresso, Stédile prevê uma vitória fácil de Temer, que deve acontecer antes da novela com transmissão ao vivo pela Globo.

– Vai escapar com 280 votos. Estão faturando alto aqui – aponta, com gritos e empurra-empurra entre congressistas ao fundo, num plenário que para quem assiste mais parece um pátio de presídio na hora do sol.

 

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Para que a investigação siga já para o Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode culminar no afastamento do presidente eleito para ser vice, são necessários 342 votos dos 513 parlamentares. Se a admissibilidade da denúncia não for aceita, Temer só será julgado pelo STF ao deixar a Presidência da República em 31 de dezembro de 2018.

Você já pode acompanhar a sessão clicando aqui. Quem vota “sim”, vota com Temer, quem vota “não”, vota para que siga o processo de despejo do impopular inquilino do Palácio do Jaburu.

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