RAFAEL MARTINELLI

Covid: Após dezembro de mais de 2 mil casos, viés é de queda em Gravataí; Mais de 25 mil não tem esquema vacinal completo. 1.094 já perderam a vida

Após um pico de 80 casos a cada 24h no meio de dezembro, os diagnósticos da covid fecharam 2022 em queda em Gravataí. As vidas perdidas, que aumentaram de uma média de um óbito a cada 15 dias, em novembro, para 6 mortes durante o último mês, correspondem a registros atrasados. Há pelo menos 25 mil gravataienses sem o esquema vacinal completo.

O prefeito Luiz Zaffalon tinha feito o alerta sobre a nova onda no início de dezembro, com 64 casos diários, como reportei em Vacinar, vacinar, vacinar: Covid cresce de 2 para 64 casos por dia em Gravataí e UPAs tem 400 pacientes a mais; 25 mil pessoas não voltaram para segunda dose.

– A tendência é de queda. O período mais complicado foi em dezembro, mas com muitos casos leves. Há poucas internações. Os óbitos lançados estavam atrasados – explica o secretário da Saúde.

– As vacinas seguem disponíveis na rede municipal, nas nossas 29 unidades saúde. Indicamos que a população complete o esquema vacinal – apela Régis Fonseca.

Entre 2 de dezembro e 3 de janeiro, foram registrados 2.111 casos do novo coronavírus, com seis óbitos. A média do mês ficou em 70,3 casos a cada 24 horas.

Desde o ‘paciente zero’, em março de 2020, já são 42.531 diagnósticos positivos. As vidas perdidas chegam a 1.094.

Não há comparação com o pico de contágio e letalidade da covid entre março e abril de 2021, quando seis gravataienses perdiam a vida a cada 24 horas e 300 eram diagnosticados com o novo coronavírus.

A cada nova variante, até o momento todas com menor letalidade, a maior preocupação do governo é o risco de superlotação nos atendimentos em portas de emergência e leitos de internações.

Siga o relatório de dezembro e, abaixo, sigo.

Como analisei em A ‘ideologia da ciência’: 1.086 gravataienses já perderam a vida para covid; Não fosse a vacina e o ‘fica em casa’, seriam mais de 2 mil, graças à ‘ideologia da ciência’, a pandemia segue por mais de um ano controlada em Gravataí, e mais de mil vidas foram salvas em relação ao projetado num cenário sem vacinas e lockdowns à brasileira.

Mas poderia ser melhor, não por falta de vacina ou estratégia de aplicação, e sim de interesse da população: se 226.583 pessoas receberam a primeira dose em Gravataí, 25.448 não fizeram a segunda dose. Dos 201.135 que retornaram para imunização, 89.950 não fizeram a dose de reforço, aplicada em 111.185 pessoas.

Fatos, aqueles chatos que atrapalham argumentos e negacionismos canalhas, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), órgão ligado à Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul, divulgou estudo que mostra a redução de até 16 vezes no risco de óbito por covid-19 em pessoas com segundo reforço.

Ao fim, é vacinar, vacinar, vacinar, sem dar ouvidos a negacionistas e cúmplices das 693.981 mortes de brasileiros até hoje. Canalhas que, por vezes, se protegem, escondem suas carteirinhas de vacinação e colocam suas ideologias e delírios acima da vida dos outros.


LEIA TAMBÉM

SEGUINTE TV | Um raio-x na saúde de Gravataí; Secretário fala sobre médicos, covid, UPAs, novos postos, UTI, Emergência, Hospital e avaliação da Santa Casa

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade