Estão mentindo descarada e criminosamente para mães, pais e famílias de Gravataí e Cachoeirinha sobre a vacinação de crianças contra covid-19.
Não os governos, mas no Grande Tribunal das Redes Sociais, os desinformados e informados do mal, e milicianos digitais, voluntários ou involuntários.
Participo de grupos de WhatsApp e Facebook com centenas de pessoas e nesta semana postagens questionam a vacina e relatam inclusive casos de mortes de crianças.
Tem desde uma montagem de uma falsa coluna de Drauzio Varella, com alerta para formas de buscar socorro para crianças com reações graves à vacina, o que o médico nunca publicou, até vídeo de criança caindo aos pés dos pais numa fila de aeroporto “após tomar a vacina”.
Tudo fake news.
O início dessa vergonhosa campanha de desinformação sabemos.
Para lamber botas do chefe, o ministro da Saúde – que é médico! – inventou a mentira de haver dúvidas sobre a segurança da vacina em adolescentes.
Também fez o que pode para adiar ao máximo a imunização na faixa de 12 a 18 anos e manter preocupadas famílias com a imunização de crianças de cinco a 11 anos.
Por que, como aí sim cobra o Dr. Drauzio, não lembrou que da aprovação pelo FDA americano, pela Agência Europeia, pela nossa Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e recomendada com ênfase pelo comitê de especialistas que assessora o ministério, por todas as sociedades médicas respeitadas e pela Academia Nacional de Medicina?
– Criar obstáculos para imunizar nossas crianças, no momento em que se dissemina uma variante tão contagiosa, é muito mais do que falta de escrúpulos, é crime – apela o médico.
O mesmo fez o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, hoje.
– O compartilhamento de notícias falsas é criminoso – disse o militar, em resposta às declarações falsas dadas por Jair Bolsonaro (PL) na quarta-feira.
O deprimente da república voltou a falar que a vacinação de crianças “não se justifica”, pois – MENTE ele – o índice de mortes de crianças para a covid "não é grande".
A covid está entre as 10 principais causas de óbito dos cinco aos 11 anos. Já tirou mais vidas do que a somatória de todas as mortes provocadas por doenças da infância para as quais existem vacinas.
Mentiu também quando disse que ministro do STF “esclareceu que a vacina, conforme despacho dele, não é obrigatória para crianças”.
Na verdade, Ricardo Lewandowski encaminhou ofícios aos Ministérios Públicos Estaduais para que os órgãos fiscalizem e multem pais que deixarem de vacinar seus filhos.
A imunização infantil obrigatória se baseia no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), seja para sarampo, pólio ou agora a covid.
Para acessar à íntegra da decisão clique aqui.
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Ao fim, mamães, papais e responsáveis pelas crianças, não sejam enganados pelos criminosos – culposos ou dolosos – do zap-zap.
Em dúvida, consultem fontes oficiais, falem com as secretarias da saúde, com os médicos. Se houver algum de Gravataí e Cachoeirinha contra a vacinação me informe, para que eu mostre o CRM, entreviste e ouça as argumentações que contrariam a ciência mundial.
O meme perfeito é aquele que diz que esses covidiotas que mentem sobre a vacinação de crianças só existem porque suas mães não acreditaram no que espalhava gente como eles.
Politizar vacinação infantil não é chegar à beira do abismo. É já ter caído lá embaixo e restar olhando para cima.
Puxando nossas crianças pelos pés para desabar junto.
Espero que o MP de Gravataí e Cachoeirinha aja.
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