Eclipsado por quase duas décadas, o Ipag anda tão popular na boca dos vereadores de Gravataí quanto troca de lâmpada, nome de rua e homenagem a eleitor.
Agora é Wagner Padilha (PSB) quem está de olho no buraco do instituto de previdência e plano de saúde do funcionalismo. O vereador começa nesta tarde de sessão a colher pelo menos sete assinaturas, entre os 21 parlamentares, para instalar a CPI do Ipag – hoje ameaçado por um cálculo atuarial bilionário para garantir aposentadorias passadas, presentes e futuras, além de uma dívida que em mais 12 anos de prestações custará R$ 300 milhões.
Além da CPI, já tramitam na Câmara duas propostas de comissões especiais: uma de Dimas Costa (PSD), apresentada a pedido do sindicato dos professores, e outra de Alan Vieira (PMDB), que é da base do prefeito Marco Alba (PMDB) – o que mostra o interesse de oposição e governo investigar o instituto.
Já instalada, há uma comissão para tratar da reforma nacional da previdência.
LEIA TAMBÉM
Agora governo e oposição querem investigar o Ipag
Por que não investigar o Ipag?
Se não ficar só no discurso dos parlamentares e, caso aprovada, qualquer uma das três comissões ultrapassar a fase da foto no jornal, chamar técnicos e políticos para depor e realmente investigar, esse Nibiru das contas públicas pode pela primeira vez entrar na órbita da população – que, às cegas, ajuda a pagar uma conta onde, do jeito que anda, o céu é o limite.
LER TAMBÉM
Sem resolver Ipag, funcionalismo pode ter salário congelado por 15 anos