SEGURANÇA

Crime após encontro por aplicativo: assassino de cabeleireiro em Gravataí é condenado a 20 anos

Familiares e amigos Dionatan a foram ao julgamento pedir justiça

Um homem acusado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi condenado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Gravataí a 20 anos e oito meses de prisão pelo homicídio do cabeleireiro Dionatan Francisco de Souza, de 28 anos, morto em maio de 2019.

A sentença foi proferida na última segunda-feira (1º) e inclui os crimes de homicídio duplamente qualificado — por meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima —, além de furto e corrupção de menores. O réu foi preso em plenário após a decisão.

O julgamento

Durante a sessão, foram ouvidas quatro testemunhas, entre elas a mãe e o irmão da vítima. A acusação foi conduzida pela promotora de Justiça Bárbara Paz, que destacou a brutalidade do crime e a longa espera da família por justiça.

“Dionatan foi assassinado em seu apartamento, com inúmeras facadas, durante a madrugada, sem que pudesse reagir. Ele agonizou antes de morrer, tentou lutar pela vida, e mesmo assim foi deixado pelos criminosos. Após mais de seis anos de espera, finalmente se fez justiça por Dionatan, expondo-se à comunidade a brutalidade deste crime”, afirmou a promotora.

O Conselho de Sentença considerou as provas apresentadas e decidiu pela condenação. “Foi uma manifestação que efetivamente expõe que este tipo de conduta não será aceita por nossa comunidade”, completou Bárbara Paz.

O crime após contato por aplicativo

O crime ocorreu no apartamento de Dionatan, no centro de Gravataí, em maio de 2019. Segundo as investigações, o cabeleireiro foi morto com 17 facadas pelo réu e seu companheiro, então menor de idade.

Durante as apurações, o acusado alegou legítima defesa. De acordo com o delegado Eduardo do Amaral, responsável pelo caso à época, o homem relatou que ele e o adolescente conheceram a vítima por meio de um aplicativo de relacionamentos. No apartamento, afirmou ter reagido ao ver o menor sendo agredido por Dionatan, momento em que pegou uma faca e desferiu os golpes que levaram à morte do cabeleireiro.

A versão apresentada pelo acusado, no entanto, foi rejeitada pelo júri diante das provas reunidas no processo.

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