Prefeito desde a cassação de Miki Breier e Maurício Medeiros, Cristian Wasem agora já pode falar como candidato na eleição suplementar para a Prefeitura de Cachoeirinha, marcada para 30 de outubro de 2022.
As convenções de seu MDB e do PP do vice Delegado João Paulo confirmaram a chapa.
Siga trechos da entrevista do prefeiturável ao Seguinte:.
Seguinte: – Como fala, agora, o Cristian candidato a ser prefeito pelo voto na urna?
Cristian – Estamos organizando a equipe, preparando o plano de governo, integrando a coligação que tem o PP, o PDT, o Avante e o Republicanos, mas, principalmente, priorizando o trabalho como prefeito de Cachoeirinha, que é a missão que recebi e me dedico dia a dia. Acredito nas pessoas certas nos lugares certos.
Seguinte: – Como pegaste a Prefeitura?
Cristian – Com muitas dificuldades. Não foi uma transição natural, com a cassação e tudo o que aconteceu. Não tínhamos nem um tapa-buraco. Na verdade, não tínhamos esse serviço mínimo de zeladoria desde setembro de 2021. Fora problemas com a limpeza urbana, iluminação… Precisamos começar do zero, renegociar, organizar, fiscalizar. E com atenção total ao controle interno, informando o Tribunal de Contas, o Ministério Público, com a cautela de quem, pela situação de Cachoeirinha, precisa provar que está agindo dentro da legalidade em cada contrato.
Seguinte: – Muitos eleitores nem sabem que és o prefeito. Como apresentar alguma realização de governo e, como candidato, oferecer esperança de uma Cachoeirinha melhor?
Cristian – O eleitor está bem perdido ainda. Muita gente não sabe da eleição suplementar, que, para complicar, acontece em 30 de outubro, em meio a um segundo turno de polarização nacional. O que me esforço é para atender ao básico. As pessoas não estão pedindo muito. Cachoeirinha está tão carente de serviços que o esforço verdadeiro da gente permite às pessoas acreditarem que representamos uma renovação.
Seguinte: – Teus adversários te identificam como a continuidade do governo Miki. Como se apresentar como renovação?
Cristian – O sentimento que tenho das ruas em relação ao governo que estamos fazendo me permite dizer isso. E eu estou nas ruas todos os dias. Não sou um prefeito de gabinete. É meu segundo mandato de vereador, não tenho um passado político como secretário, como alguém de influência em governos anteriores. Eu sou diferente. E acho que as pessoas estão percebendo isso. Como procuro demonstrar? Trabalhando do meu jeito.
Seguinte: – Se eleito, será para um governo de 2 anos. Tens um plano, ou é só um cavalo político passando encilhado?
Cristian – Há uma urgência de arrumar a casa. Quase não dá tempo de pensar no futuro. Não minto para ninguém: não vou conseguir fazer grandes obras caso eleito para os próximos dois anos. Mas vou me esforçar para deixar um legado. Temos R$ 80 milhões já aprovados em financiamento, que dependem de projetos. Não será possível investir tudo isso em dois anos. Mas se começarmos, e deixarmos projetos prontos para um próximo governo nosso, ou de quem o eleitor quiser, será um legado.
Seguinte: – A Prefeitura tem esses 80 milhões garantidos? Tem certidões necessárias, como a previdenciária, para liberar esse dinheiro?
Cristian – Enfrentamos as restrições a cada dia. Mas estamos perto de acertar tudo. Esses 80 milhões são uma realidade. Mas é preciso projetos para investir bem esses recursos.
Seguinte: – Como estão as contas de Cachoeirinha: há risco de atrasar salários, o que é um termômetro do mínimo do mínimo na gestão de uma Prefeitura?
Cristian – Nenhum risco de atrasar salários. As contas estão equilibradas, mas não temos margem para muita coisa. Focamos em arrumar os contratos para serviços básicos, que estavam sob suspeita.
Seguinte: – Eleito, és candidato à reeleição em 2024, ou tens um acordo com o Delegado, para apoiá-lo a prefeito?
Cristian – O Delegado e o PP são grandes parceiros. O depois avaliaremos depois. Se o governo estiver bem, como trocar? Mas temos uma conversa bem aberta. Nos unimos por achar que representamos o melhor projeto para Cachoeirinha. E me sinto muito feliz que meu partido hoje está em paz, todos juntos comigo.
Seguinte: – Teu principal adversário é Dr. Rubinho (União Brasil) ou Davis Almansa (PT)?
Cristian – É difícil dizer hoje. A eleição suplementar acontece junto ao provável segundo turno nacional, em uma disputa entre Lula e Bolsonaro. Ainda está tudo muito confuso na cabeça do eleitor. Não acho bom para Cachoeirinha que a eleição e nossos problemas e desafios se misturem com essa polarização. Seguirei trabalhando. Sou mais quieto, na minha, sou mais de fazer do que de falar.