Como personalidade políticas, dois grandes perdedores da eleição foram Cláudio Ávila (PDT) e Dilamar Soares (PSD). Em resumo, não entregaram o que prometeram.
O advogado e presidente do PDT ganhou a confiança de Bordignon como o avalista de que o ex-prefeito não pediria música no Fantástico com uma terceira impugnação.
Inclusive garantiu para si a indicação como vice do ‘Grande Eleitor’, interlocutor com as esferas estadual e nacional do partido e detentor da chave do cofre da campanha.
Ao fim, não conseguiu segurar a condenação de Bordignon até a posse e encerrou a ‘eleição que não terminou’ em outubro sob desconfiança de que, como vice, se beneficiaria caso o ex-prefeito assumisse a Prefeitura e depois tivesse os direitos políticos suspensos durante o mandato.
No campo da subjetividade, há entendimento inclusive de pessoas próximas a Rosane e Daniel Bordignon de que compromissos assumidos por Ávila e não cumpridos, e o tom belicoso adotado pelo ‘pitbull sem focinheira’ na eleição suplementar atrapalharam a campanha.
Já o vereador Dilamar Soares deixou a liderança do governo Marco Alba (PMDB) para se aventurar numa candidatura própria com Dr. Levi, que atrapalhou a reeleição no ‘primeiro turno’, mas esfacelou o partido no ‘segundo turno’.
Ao apressar a indicação de Levi como vice de Anabel Lorenzi (PSB), não só tirou o médico da campanha como, com o isolamento e desgaste a que submeteu o parceiro e avalista da construção do partido, praticamente empurrou-o para o apoio a Marco.
Principalmente após manobrar para a própria indicação como vice, quase que diariamente na campanha assistiu outras dissidências de peso, como o irmão Dimas Costa, vereador mais votado da oposição e segundo da cidade, que apoiou Rosane, e candidatos a vereador como Zete Blehm, Alberto Rebelato, Vail Correa e Coronel Padilha, que apoiaram Marco.
Para completar, viu seu neodesafeto ser reeleito possivelmente ajudado pela sustentação da campanha de Anabel até o fim, segurando o voto útil dos descontentes com o governo, que poderiam migrar para Rosane.
Tanto Ávila quanto Dilamar se anunciam oposição ao governo. Do tamanho que saíram da campanha, e se permanecerem no tom de ataques muito acima do que o eleitor parece tolerar, será a oposição que o prefeito reeleito sempre sonhou.
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