O PT é o Walking Dead da eleição.
A estrela do ex-todo poderoso partido de Gravataí (uma máquina política e arrecadatória que chegou a ter 8 mil filiados e comandar a Prefeitura de 96 até o controverso impeachment ‘a la Dilma’ de 2011) chegou cadente a 2016 e praticamente apagou-se em 2017.
Vítima da ‘Bordignon-dependência’, o partido perdeu 40 mil votos entre 2012 e 2016, quando o candidato a prefeito Valter Amaral recebeu 2.578 votos (3,08%) e nenhum petista foi eleito para a Câmara – o que não acontecia há 28 anos, quando o próprio Daniel Bordignon foi eleito vereador pela primeira vez.
De assombroso episódio na ‘eleição que não terminou’ em outubro, o resultado virou série de terror quatro meses depois, ao fim do ‘veraneio das urnas’. ‘Dom Valter de la Aldeia’ diminuiu a votação, não chegou a 1% dos votos (1.169, 0,97%) e, numa disputa entre moinhos de vento da esquerda, foi ultrapassado pelo imberbe PSOL – que com o ‘lacrador’ Rafael Linck cresceu de 2.134 (2,55%) para 2.984 (2,48%) na eleição suplementar.
Para quem não prestou muito atenção ao fim do filme, a violência das urnas foi tamanha no 12 de março que, entre os canhotos, colocou como companhia mais próxima do PT de Gravataí o exótico PSTU de Sadao Makino.
Foi o pior resultado desde a primeira eleição do partido, em 1982, onde Bordignon concorreu a prefeito e ganhou 486 votos.
Para sobreviver ao ‘golpe das urnas’, parece restar aos petistas cambalear quase como zumbis até 2018, de aldeia em aldeia devastada, cuidando para não se matar entre diferentes facções, e procurando o alimento perfeito:
– Lula! Luuuula! Lula…
Das urnas
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