Se de 2014 para 2018 Gravataí ‘endireitou’, como analisei em Gravataí é de direita ou esquerda?, assim seguiu nas urnas eletrônicas em 2022, como já tratei também em #DasUrnas | Gravataí é Bolsonaro.
Apresento cálculos nas eleições para Presidência da República, Governo do Estado, Senado, Câmara Federal e Assembleia Legislativa, que mostram a ‘Gravataí bolsonarista’ levando em conta os votos do primeiro turno e os apoios para Bolsonaro ou Lula no segundo turno; além do fator ‘nem-nem’.
Para facilitar a compreensão, chamo um de campo bolsonarista, outro de ‘campo lulista’.
Para Presidente da República, o campo bolsonarista fez 75.097 votos. O campo lulista 68.238.
Aos 75.004 votos (51,72%) de Jair Bolsonaro (PL), somam-se os 960 votos (0,66%) de Felipe D Avila (Novo) e os 93 votos (0,06%) do Padre Kelmon (PTB).
Aos 55.463 votos (38,24%) de Lula (PT), somam-se 7.602 votos (5,24%) de Simone Tebet (MDB); 4.944 votos (3,41%) de Ciro Gomes (PDT); 98 votos (0,07%) de Léo Péricles (UP); 61 votos (0,04%) de Sofia Manzano (PCB); 47 votos (0,03%) de Vera (PSTU) e 23 votos (0,02%) de Constituinte Eymael (DC).
Soraya Thronicke (União Brasil) e seus 738 votos (0,51%) ficou no ‘nem-nem’.
Os brancos foram 2,32%; os nulos 2,28% e a abstenção 20,66%.
Para o Governo do Estado, o campo bolsonarista fez 63.486 votos. O campo lulista 30.596. O ‘nem-nem’ recebeu 41.935.
Aos 58.195 votos (42,79%) de Onyx Lorenzoni (PL), somam-se 2.912 votos (2,14%) de Luis Carlos Heinze (PP); 1.532 votos (1,13%) de Argenta (PSC) e 847 votos (0,62%) de Ricardo Jobim (Novo).
Aos 27.472 votos (20,20%) de Edegar Pretto (PT), somam-se 2.191 votos (1,61%) de Vieira da Cunha (PDT); 593 votos (0,44%) de Vicente Bogo (PSB); 185 votos (0,14%) de Rejane de Oliveira (PSTU) e 155 votos (0,11%) de Carlos Messalla (PCB).
O ‘nem-nem’ são os votos de Eduardo Leite (PSDB): 41.935.
Os brancos foram 6,41%; os nulos 4,05% e as abstenções 20,66%.
Para o Senador, o campo bolsonarista recebeu 83.092 votos. O campo lulista 42.459.
Aos 59.692 votos (47,54%) de Hamilton Mourão (Republicanos), somam-se 22947 votos (18,28%) de Ana Amélia Lemos (PSD), 383 votos (0,31%) de Maristela Zanotto (PSC) e 70 votos (0,06%) de Paulo Rosa (DC).
Aos votos 40.122 votos (31,96%) de Olívio Dutra (PT), somam-se 1.274 votos (1,01%) de Sanny Figueiredo (PSB); 761 votos (0,61%) de Professor Nado (Avante) e 302 votos (0,24%) de Fabiana Sanguiné (PSTU).
Os brancos foram 9,51%; os nulos 7,84% e as abstenções 20,66%.
Entre as 10 candidaturas a deputado federal mais votadas de Gravataí, o campo bolsonarista recebeu 74.186 votos.
O campo lulista recebeu 12.501.
O ‘nem-nem’, 2.513 votos.
Os ‘bolsonaristas’ mais votados foram Marco Alba (MDB), com 45882 votos (34,33%); Bombeiro Batista (PSD) com 10.958 votos (8,20%); Tenente Coronel Zucco (Republicanos) com 6.576 votos (4,92%); Danrlei de Deus Goleiro (PSD) com 4.181 votos (3,13%); Marcel Van Hattem (Novo) com 3.518 votos (2,63%) e Carlos Gomes (Republicanos), com 3.071 votos (2,30%).
Os ‘lulistas’ mais votados foram Fernanda Melchionna (PSOL), com 6.969 votos (5,21%); Maria do Rosário (PT) com 3.310 votos (2,48%) e Paulo Pimenta (PT), com 2.222 votos (1,66%)
O ‘nem-nem’ fica com Any Ortiz (Cidadania), que recebeu 2.513 votos (1,88%).
Os brancos foram 8,38%; os nulos 3,63% e as abstenções 20,66%.
Entre as 10 candidaturas a deputado estadual mais votadas de Gravataí, o campo bolsonarista recebeu 40.959 votos. O campo lulista 22.358.
O ‘nem-nem’ 17.821.
Os ‘bolsonaristas’ mais votados foram Patricia Alba (MDB), com 29.331 votos (21,96%); Gustavo Victorino (Republicanos) com 5.410 votos (4,05%); Sergio Peres (Republicanos) com 3.109 votos (2,33%) e Rodrigo Lorenzoni (PL), com 1.953 votos (1,46%).
Os ‘lulistas’ mais votados foram Thiago de Leon (PDT), com 12.365 votos (9,26%); Luciana Genro (PSOL), com 3.764 votos (2,82%); Paulo Silveira (PSB) com 2.436 votos (1,82%); Jordan Protetor (PDT) com 2.014 votos (1,51%) e Matheus Gomes (PSOL), com 1.779 votos (1,33%).
O ‘nem-nem’ fica com Dimas (PSD), com 17.821 votos (13,34%)
Os brancos foram 8,59%; os nulos 3,48% e as abstenções 20,66%.
Ao fim, na ‘ideologia dos números’, Gravataí ‘endireitou’. Ou ‘governou’, se observarmos que, quando no poder, as votações da ‘esquerda’ eram maiores que as da ‘direita’.