Thiago De Leon (PDT), vereador e candidato a prefeito, em pouco mais de 24h faltou a reunião dos partidos de esquerda que fazem oposição em Gravataí e participou de inauguração ao lado do prefeito Luiz Zaffalon (PSDB).
Não é uma crítica, nem reputo Dos Grandes Lances dos Piores Momentos. Reporto porque na política, ainda mais em ano eleitoral, impera a ‘Lei da Mulher de César’ e já é material para mais uma das ‘fofocas intermináveis’ da aldeia.
Antes vamos às informações.
A Prefeitura de Gravataí entregou o novo Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas tipo III (CAPS AD III), serviço especializado de referência no tratamento de pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
A nova estrutura, com consultórios de atendimento, salas de estabilização, de medicamentos, de oficinas coletivas, refeitório e quartos coletivos e oito leitos de permanência noturna e funcionamento 24 horas por dia, incluindo feriados e finais de semana, fica na rua Antônio Afonso de Jesus, 85, no Salgado Filho.
Com a habilitação do CAPS AD III, o Ministério da Saúde ampliará em cerca de R$ 1 milhão anual o custeio para o serviço especializado de saúde mental, com aumento na equipe de enfermagem responsável pelos atendimentos.
Vamos à análise política.
De Leon se apresenta como candidato a prefeito; leia em Thiago De Leon é o candidato a prefeito do ‘bom-mocismo’ em Gravataí; Leia entrevista.
Na quarta-feira, ele e o PDT que preside em Gravataí não aceitaram o convite para participar de reunião que formou o Bloco de Oposição Municipal (BOM), reunindo os candidatos a prefeito Daniel Bordignon (PT) e Diego da Veiga Lima (PSB), mais PV, PCdoB e PSOL; leia em PDT não foi na reunião da ‘coligação do Bordignon’; O BOM de Gravataí e a esfinge de 28 anos e Partidos de esquerda vão se reunir na ‘casa’ de Bordignon; Nem Lula, nem Bolsonaro: o ‘Grande Eleitor’ de Gravataí.
Na sexta, um sorridente De Leon participou da inauguração do CAPS. Salvo melhor juízo, uma presença institucional.
O vereador ciceroneou o deputado federal de seu partido, Afonso Motta, que destinou emenda de R$ 240 mil para aquisição de camas hospitalares, ar-condicionado e equipamentos médicos
Fato é que a aparição ao lado de Zaffa e do vice Dr. Levi Melo (Podemos) precipitou mais uma ‘fofoca interminável’ da aldeia, como aquela sobre a aproximação de outro canhoto, Dimas Costa (PSD), com o prefeito; leia o episódio mais recente em Dimas desmente informação de que “já avisou” que não é mais candidato a prefeito de Gravataí porque vai assumir como deputado; A fofoca interminável e o relógio parado.
Pelo que apurei, diferentemente do que ainda pode acontecer com Dimas, que se assumir como deputado estadual nos próximos dias apoia a reeleição do prefeito, não resta De Leon propenso ao menos a este ‘Norte Via Sul’ em sua trajetória política, para lembrar a antiga linha de ônibus da Sogil.
Se participar de um ‘MarxDonalds’, será com o ex-prefeito Marco Alba (MDB), de quem alguns pedetistas sonham seja De Leon o vice.
Ao fim, deveria ser natural políticos dividirem inaugurações, quando partilham do feito. Mas não é.
Basta o leitor fazer um exercício de lógica, comparando com a política nacional: com todo vice-versa, Lula, Bolsonaro, Ciro, Leite ou Padre Kelmon juntos seriam notícia – e fofoca interminável.
Ainda mais em ano eleitoral.
E em ano eleitoral, como referi na abertura do artigo, impera a ‘Lei da Mulher de César’: não basta ser, tem que parecer. No caso de De Leon, e também de Dimas, além de ser, parecer ser oposição.