O vereador Fernando Deadpool (União Brasil) teria mentido em postagem em suas redes sociais sobre o tempo de espera por suposto atendimento que procurou em 7 de março na UPA Abílio dos Santos, conforme ofício enviado pelo prefeito Luiz Zaffalon (MDB) à Câmara de Gravataí e que pode levar a abertura de comissão de ética e ameaçar o mandato do político.
Documento assinado pela coordenadora Liana Schavinski também contesta a versão do parlamentar sobre os incidentes envolvendo a médica Andréa Zukov, na USF Barro Vermelho, ocorrido três dias antes, objeto da Ocorrência Policial 11110/2022.
“… Cumpre informar que estas não foram as primeiras ocorrências que envolveram o Vereador Fernando Deadpool. No dia 30 de setembro de 2021, foram emitidas notas de esclarecimento sobre os fatos ocorridos na UPA Abílio Alves dos Santos, naquele plantão, durante a fiscalização do referido Vereador. Em decorrência dos fatos, foi registrada a Ocorrência sob protocolo 202109303576361…”, diz o ofício 102/2022, endereçado pelo prefeito ao presidente do legislativo, Roger Correa (PP), ao qual oSeguinte: teve acesso.
Conforme o Anexo I, que regulamenta o Código de Ética Parlamentar no Regimento Interno da Câmara, e que você acessa clicando aqui, o colegiado, que reúne um integrante de cada bancada, pode recomendar para votação em plenário censura, suspensão não remunerada do exercício do mandato e até cassação.
A reação de Deadpool veio com pedido, na 4ª Vara da Fazenda Pública de Gravataí, de indenização de R$ 200 mil à Prefeitura, ao vice-prefeito e à médica, pelo que considera uma denúncia falsa, o que reportei em Vereador Deadpool contra Prefeitura de Gravataí: o vídeo e áudio que embasam ação indenizatória de 200 mil. Em links relacionados em meio ao texto está a série de artigos sobre a polêmica.
Até o fechamento deste artigo, o presidente da Câmara não atendeu ao Seguinte: para informar sobre os encaminhamentos.
Reproduzo parte dos documentos (clique em cima para ampliar) e, abaixo, sigo.
1. O OFÍCIO DO PREFEITO
2. O POST DO VEREADOR
3. O RELATO DA UPA
4. A OCORRÊNCIA POLICIAL SOBRE A USF
5. O RELATO DA COORDENADORA DA USF
Ao fim, é como alerto a cada artigo: era polêmica anunciada; que, conforme anunciam os próprios envolvidos, vai testar humores políticos e a ‘loteria de toga’.
A forma de fiscalização – e divulgação no Grande Tribunal das Redes Sociais – feita pelo vereador já vinha preocupando servidores e o governo Zaffalon, por potencialmente incitar pacientes contra os profissionais da saúde, em um momento de filas e sobrecarga de procura com a pandemia.
Fato é que o resultado – político e jurídico – do incidente será um balizador dos ‘poderes’ dos vereadores; e também do governo.
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