O Deadpool, o super-herói de Gravataí que ganhou o povo depois de aparecer no programa da Eliana, no SBT, e em agosto virou assunto até de motorista de Uber após postar um vídeo reclamando do atraque dos fiscais da prefeitura em sua padaria sobre três rodas, está se desfiliando do PPS.
– Cai no conto do vigário. Achei que era um mar de rosas mas não gostei da ideologia, nem da metodologia. Estou me desfiliando – explicou há pouco Fernando Pacheco, que se traveste da personagem, mas não veste ainda a couraça de candidato a vereador, apesar de, pela notoriedade, aparecer nos bolões de qualquer roda política da aldeia.
– O pessoal sonda, mas não decidi se concorro. O partido tem que fechar com meu trabalho social – diz, revelando que recebeu contatos de partidos da base do governo, como o PRB, e da oposição, como o PSD.
Em entrevista dada ao Seguinte: há um ano, o ex-garçom – que encantou leitores e telespectadores ao contar que sobrevive e paga a faculdade de educação física com a venda de pães caseiros, que ele mesmo prepara, comprando os ingredientes ou usando de doações, e depois vende em uma bicicleta com um baú e guarda-sol adaptados, revertendo 25 centavos de cada real que ganha para montar e doar cestas básicas para famílias carentes – pediu para não ser comparado com o vereador Wagner Padilha (PSB), o Tô de Olho no Buraco, eleito na carona de Floriano Flor de Tuna, personagem que criou para criticar o governo Marco Alba (MDB).
– Não estou gostando das analogias me comparando com o Tô de Olho no Buraco. Tem muitas diferenças entre eu e o senhor Wagner Padilha, ao qual não tenho nada contra. Por exemplo: ele criou o personagem dele falando sobre política, batendo na política e criticando a política. O meu personagem não tem nada a ver com isso. É tão desleal essa comparação! Quando publica uma matéria como aquela, O dia em que Deapool virou um super-herói político, eu não consigo interpretar de outra maneira que não seja para me prejudicar – concluiu Fernando, criticando o colunista pela postagem do artigo à época.
Hoje, o Deadpool de Gravataí parece mais consciente de que é notícia e a popularidade que ganhou, impulsionado pela divulgação do trabalho solidário nas redes sociais, o torna cobiçado pelos partidos que, na próxima eleição, por não existir mais a chamada ‘coligação proporcional’, tem que apresentar nominatas próprias com 33 candidatos.
– Vou analisar bem – diz.
A experiência política me diz que Fernando estréia em 2020 na aventura da política. E com grandes chances de eleição.
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O Deadpool contou sua história para o Silvestre Silva Santos em janeiro do ano passado. Siga no Seguinte: