reforma trabalhista

Defensor da reforma, Jones integra comissão especial

Jones no debate com deputados e técnicos sobre a renegociação da dívida dos estados

Jones Martins, o deputado federal de Gravataí, integra a Comissão Especial instalada nesta quinta-feira à noite em Brasília para discutir a reforma trabalhista na Câmara dos Deputados.

Próximo politicamente de Eliseu Padilha, chefe da Casa Civil e número 1 de Michel Temer, Jones, que na comissão é o único representante do partido do presidente na região metropolitana, é um entusiasta do projeto enviado pelo governo, que tem como principal ponto a validade do negociado sobre o legislado em relação a ítens polêmicos como parcelamento de férias, participação nos lucros da empresa e cumprimento de uma jornada de trabalho de até 220 horas mensais.

Titular da comissão que inicia os trabalhos na próxima terça definindo um cronograma para ouvir centrais sindicais, associações e representantes de trabalhadores e empresário, o ex-vereador que já concorreu a prefeito de Gravataí e fez 51 mil votos em 2008, usa o substantivo modernização quando fala sobre a reforma apresentada por Temer.

– O Brasil precisa modernizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e sua legislação engessada, antiga. São regras que não possibilitam a flexibilização das relações, endurecem e emburrecem a relação entre capital e trabalho – avalia o parlamentar, que é advogado.

– Não é possível acharmos que está tudo bem com a CLT, que muitas vezes desemprega, onera e faz do Brasil um recordista em demandas trabalhistas.

Jones alerta também para a sobrecarga do Judiciário com mais de 3 milhões de ações trabalhistas a cada ano:

– A Justiça do Trabalho, criada para estabelecer regras e dar juízo no que diz respeito às relações de trabalho, é pesada, demorada, custa muito para os cofres públicos – aponta, apostando que a reforma permitirá a criação de novos empregos e vai desonerar a folha de pagamento "consumida em 80% encargos trabalhistas”.

– Algo precisa ser feito. É um debate necessário, urgente para combater o desemprego, que precisa acontecer sem preconceito, velhas fórmulas ou amarras ideológicas – conclui o deputado, um destro convicto na política.

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