O prefeito Miki Breier (PSB) aproveitou a visita do ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, à Canoas, na tarde da sexta-feira que passou (14/9), quando conheceu os abrigos que estão sendo disponibilizados ao acolhimento de mais um grupo de venezuelanos que está sendo recebido no Rio Grande do Sul.
O município de Cachoeirinha será o próximo a receber os migrantes que fogem da crise econômica e social na Venezuela: 80 adultos serão instalados na cidade que já está articulando parcerias locais para a recepção e acomodação. Dois vôos estão agendados para o estado, trazendo os migrantes que vão ficar em Cachoeirinha, nos dias 25 e 27 deste mês.
Segundo o prefeito Miki, os venezuelanos podem ficar na cidade por seis meses, ou mais, conforme negociação com a representação da Organização das Nações Unidas (ONU).
— Eles serão bem recebidos, da mesma forma como fizemos com haitianos e senegaleses. Assim como cidadãos de Cachoeirinha saem para construir suas vidas em outros lugares, também queremos que estas pessoas possam construir suas vidas aqui e que sejam considerados cachoeirinhenses. Da mesma forma como outros migrantes, há mais de 50 anos, que se estabeleceram na cidade — disse o prefeito.
Em ofício endereçado ao governo federal no final de agosto, a prefeitura de Cachoeirinha se colocou à disposição para acolher migrantes que estão no estado de Roraima. No documento, o prefeito destaca preocupação, em nível de dignidade humana, em relação à situação de centenas de venezuelanos chegados ao Brasil nos últimos tempos.
— A situação em Roraima é dramática — lembrou o chefe do executivo.
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PARA SABER
1
Conforme a Casa Civil do governo federal, nos últimos dois meses mais de 27 mil venezuelanos cruzaram a fronteira e ingressaram no Brasil através do estado de Roraima.
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Mais de 75 mil pediram para se regularizar entre 2015 e agosto de 2018. Com abrigos cheios, Roraima tem venezuelanos na condição de refugiados, em situação de rua, em 11 das suas 15 cidades.