Pré-candidato a vereador em Cachoeirinha, o policial civil François Bitencourt (PDT) postou foto com arma em seu perfil no Instagram.
Em artigos anteriores reportei que o vereador de Gravataí e policial federal Evandro Coruja (PP) tinha feito o mesmo; leia em Vereador de Gravataí apresenta pré-candidatura de arma na mão; Jesus e a orelha do Trump e Horas após tragédia entre empresários com tiros e suicídio em Gravataí, vereador posta novo vídeo brincando com armas.
“Que Deus me dê força e energia para triunfar sobre todos desafios”, escreveu no post o pedetista, com direito a emojis de coraçãozinho e sorriso.
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Dos Grandes Lances dos Piores Momentos é que, se o partido do Policial Evandro Coruja apoiou a política armamentista de Jair Bolsonaro, o partido do Comissário Bitencourt foi autor de ação aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que revogou decretos do ex-presidente que diminuíam controle de armas.
Mas reputo o mais importante sobre esse polêmico debate sobre a tara armamentista na política resta na mensagem, mesmo se tratem de profissionais da segurança pública.
Como refiro nos artigos anteriores, a violência, física, visual ou nos discursos, não parece atrair borboletas. É como no poema de Drummond, que apresentava a surpresa do czar que caçava homens ao saber que também caçavam borboletas.
Mostra a ‘ideologia dos números’ que, sob o mesmo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), nos Estados Unidos das Armas, onde se compra arma na esquina, são registrados 5 homicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto na Europa, com porte restrito, menos de 1.
Mais armas, mais mortes. Triste assim.