coluna do sommelier

Dia dos namorados cervejeiro

Assim como em nossa vida pessoal e profissional estamos passando por uma fase que exige nos reinventar, inovar e até mesmo fazer o que não gostariamos.  E que tal inovar também nesse dia dos namorados?  Chega de perfumes, camisas ou acessórios. Hoje preparei algumas dicas de cervejas para você celebrar um Dia dos Namorados cervejeiro. Mas primeiro, um pouquinho de história não faz mal a ninguém, não é mesmo?

 

Como surgiu o Dia dos Namorados

Em muitos países o Dia dos Namorados é comemorado em 14 de fevereiro, Dia de São Valentim. Há vários relatos históricos que justificam a data. Um deles conta que Valentim era um bispo que realizou casamentos escondido, mesmo após as proibições do imperador Cláudio II de realizarem casamentos durante os períodos de guerras, por acreditar que os solteiros lutavam melhor. O Bispo foi preso e condenado a morte. Enquanto estava na prisão ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Valentim foi considerado um mártir pela igreja católica e tornou-se conhecido como o santo do amor. 14 de fevereiro é a data de sua morte e foi o dia escolhido para homenageá-lo. Nos Estados Unidos é o famoso Saint Valentine’s Day.

No Brasil a data não tem uma origem tão romântica assim, mas, com certeza, vale ser comemorada. Celebrada no dia 12 de junho a data foi criada pelo publicitário João Doria, como um incentivo as compras neste período do ano em que havia pouco movimento no comércio. O slogan “não é só com beijos que se prova o amor”, criado por Doria, alavancou as vendas das lojas Clipper – para a qual foi contratado como publicitário – e acabou criando a tradicional troca de presentes entre os casais apaixonados. Mas essa data não foi escolhida por acaso, é justamente na véspera do Dia de Santo Antônio, santo português com tradição de casamenteiro.

Beber cerveja, e só beber, sem nenhum acompanhamento, pode ser uma experiência maravilhosa, reveladora até. Mas os grandes momentos envolvem comida, pois dependemos dela para viver. A maioria de nós costuma lembrar claramente algumas de nossas mellhores refeições, aquelas que sobressaem como ponto altos em nossas vidas. Infelizmente, para grande parte dos brasileiros, a vida moderna oferece poucos momentos assim. Até aqueles que cozinham a sério (e me incluo entre eles) vivenciam períodos em que todas as refeições parecem apressadas e a comida não passa de combustível. Mesmo as refeições sendo boas, muitas vezes falta algo. É aí que entra a cerveja.

Se, para você, "cerveja" é aquela coisa gasosa, amarela, vendida em lata no supermercado, quero que apague por completo da mente que tal produto existe. Ele não nos interessa – estamos falando de cerveja autêntica. E eis o que a autêntica cerveja é capaz de fazer: transformar cada refeição decente que você faz em uma experiência gustativa interessante e memorável. Ela pode aguçar seu palato. Dar um pouco de atenção – tanto à sua comida quando à sua cerveja – faz a diferença entre uma vida culinária meramente "satisfatória" e uma repleta de sabores ricos ilimitados. Aprenda um pouco sobre os sabores complexos e incrivelmente variados que a cerveja tradicional traz à mesa, e eu lhe prometo uma vida melhor. Não estou brincando – é simples  assim. Você vai ter de cozinhar, comprar ou encomendar boas refeições – a cerveja tradicional não vai fazer de um Big Mac um banquete. mas é capaz de transformar uma quesadilha num espetáculo pirotécnico ou, um simples frango assado em uma refeição espetacular.

O vinho não é capaz de fazer o mesmo? Sim e não,eu adoro vinho e, nas refeições, frequentemente o bebo. Mas nunca me foi possível apreciar vinho com todos tipos de alimentos que como diariamente. Carré de cordeiro assado? claro, uma garrafa de Borgonha vai muito bem (embora eu conheça cervejas que combinariam igualmente bem). Mas, e quanto a culinária mexicana, chinesa, japonesa, tailandesa, e ou churrasco gaucho? Também adoro essas comidas, mas não quero desfrutá-las com vinho. sim, já provei todos os vinhos que supostamente combinam com elas. Sabe o quê? Não substituem adequadamente a cerveja tradicional. Por quê? Porque os temperos distorcem os sabores do vinho, condimentando o vinho branco e amargando o vinho tinto. Porque vinho não refresca o palato, como ocorre com a cerveja. Porque vinho não tem sabores caramelizados ou torrados, que se associam a sabores equivalentes em nossos pratos favoritos. E porque, até mesmo segundo especialistas em vinho, vários alimentos simplesmente não vão bem com vinho.

Por exemplo, os adeptos do vinho prefaciam suas seleções com alertas sobre "ingredientes complicados", incluindo ovos, queijos, pimentas-malaguetas, carnes defumadas, peixe defumado, tomate, gengibre, curry, chocolate, abacate, alho, molho vinagrete, espinafre, alcachofra, aspargos, cominho e outras coisas saborosas. Mas, sendo tão versátil, a cerveja não tem problema com nenhum desses ingredientes. Cervejas de trigo são leves, efervescentes e ótimas para tomar com ovos. As Ale artesanais belgas, condimentadas, fazem maravilhas com pimenta-malagueta, cominho, gengibre e curry. As ricas Imperial Stout são repletas de sabores de café e achocolatados, e combinam perfeitamente com sobremesas de chocolate. Não há truque nenhum, apenas afinidades naturais e combinações extraordinárias.

Algumas dicas, bem simples e fácil para você fazer na sua casa, para receber seus amigos, e terem uma experiêcia diferente, divertida e bem saborosa.

 

Bruschettas de marguerita, feitas  com pão de malte, extraido da produção de uma cerveja do estilo Red Ale. E a cerveja para a harmização foi uma Australian pale ale da cervejaria Hordeum Vulgare.

 

Queijo colonial com geléia de damasco e pimenta dedo de moça. Harmonizado com a Appia (cerveja de trigo e mel) da cervejaria colorado.

 

De sobremesa, um pudim de passas, harmonizado com Dark Strong Ale, da cervejaria BaldHead.

 

 

 

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