coluna da sônia

Diário de Bordo – Estados Unidos – 4º dia

Loja de cannabis e derivados, produzidos para fins medicinais e recreativos e comercializados em uma cidade em que não é permitido consumir bebida alcoólica em via pública.

Hoje, decidimos passar a manhã de bobeira, aqui em Alameda Beach, na Baía de San Francisco, porque estávamos exaustos depois de dois dias rodando pelo Estado da Califórnia.

Minha amiga Tuca e eu saímos, cedinho, para tomar café no refeitório do hotel, sem despertar meu filho Bruno, pois havia passado muito tempo dirigindo no dia anterior.  Para variar, havia um ventinho que nos obrigou a vestir casacos. Eita verão bem fajuto este!

No caminho de volta ao nosso apartamento, conversei com um grupo de camareiras, todas elas guatemaltecas. Aliás, há, na Califórnia, gente de todos os lugares imagináveis, o que é claramente perceptível pela variedade de restaurantes de comida estrangeira e pela ocupação dos bairros.

Em San Francisco, os chineses se concentram em Chinatown; os italianos, em Little Italy; os vietnamitas, em Little Saigon, e assim por diante. Aparentemente, os americanos típicos, os imigrantes históricos e os hispânicos e centro-americanos, que seguem chegando com as novas ondas migratórias, convivem harmoniosamente por aqui, mas o que se percebe é que cada um vive “no seu quadrado”.

Depois de fazer um reconhecimento do terreno, em Alameda Beach, almoçamos em Berkeley e passamos a tarde inteira por lá, curtindo o ambiente delicioso de suas ruas, tomadas por estudantes universitários. E, naturalmente, fomos conhecer a Universidade de Berkeley, uma das mais importantes entre as americanas, que oferece 300 cursos de graduação e ocupa uma área de 2,7 hectares.

De lá, fomos para Oakland, que, embora seja considerada uma das cidades mais perigosas dos Estados Unidos, nos encantou pela vibração que se sente por toda parte.   

Caminhamos por várias ruas e no entorno do Lago Merrit, o mais antigo refúgio da vida selvagem dos Estados Unidos, e terminamos o dia na Feira de Oakland, que ocupa, uma vez por mês, várias ruas, onde são realizados shows, dezenas de food trucks oferecem pratos e bebidas típicas de outros países, ativistas têm espaço para divulgar os movimentos que representam e são vendidos diversos tipos de produtos étnicos, entre outros. 

Por lá, entramos para conhecer uma loja de cannabis e derivados, produzidos  legalmente na Califórnia, para fins medicinais e recreativos, com severo controle de qualidade e comercialização. Uma coisa interessante é que aqui ninguém pode beber na rua, sob pena de ser levado à presença de um juiz, mas fumar maconha não tem problema algum.

A propósito, o único lugar em que vimos policiais, até agora, foi na Feira de Oakland, onde assistimos a uma mulher enrolar um baseado diante de um grupo deles, sem suscitar qualquer reação.

Amanhã tem mais.

 

: Lago Merrit, o mais antigo refúgio da vida selvagem dos Estados Unidos

 

: Oakland encanta pela vibração que se sente por toda parte da cidade

 

: Oakland é considerada uma das cidades mais perigosas dos Estados Unidos

 

 

 

 

 

 

 

 

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