rumo a Praga

Diário de viagem | 6º dia

Despertamos com um sol espetacular, na sexta-feira, e, depois de tomar café em uma panquecaria próxima ao apartamento em que estamos hospedadas, no centro de Bratislava, fomos conhecer alguns parques próximos, todos super bem cuidados, e o Palácio Presidencial, onde assistimos à Troca da Guarda.

Ficamos apaixonadas pela cidade de cara. Bratislava é linda, cheia de prédios antiquíssimos e de cafés lotados de gente. Se em Viena nos impressionou a Cultura do Silêncio (Dizem que, por lá, até nas famílias não se costuma falar mais do que o necessário.), aquí encontramos um povo bastante comunicativo, que fala alto e com as mãos, como na Itália.

Pela tarde, participamos de um free walking tour, cuja guia, uma jovem chamada Simona, nos conduziu durante 2h50min, pelas ruas do Centro Histórico, contando tim tim por tim tim a história do país e da cidade.

Em um determinado ponto, nos indicou o local onde houve um bairro judeu e  sua sinagoga, que foram demolidos pelo Regime Comunista, para dar espaço à Ponte Nova, construída sobre o Danúbio. Do outro lado do rio, foram construídos, na mesma época, vários prédios de moradia popular padronizados, que vêm sendo reformados por seus moradores, para que ganhem mais personalidade.

Junto à ponte, no lado antigo da cidade, está a Catedral de San Marten, também conhecida como Catedral da Coroação, pois, de 1563 a 1830, foram coroados, ali, todos os soberanos do Reino da Hungria, que passou a se chamar Império Austrohúngaro mais tarde, do qual Bratislava foi a capital até ser transferida para Viena no século XVIII.

Simona também nos contou que o movimento popular que culminou com a queda do regime comunista na Tchecoeslováquia não começou em Praga, como divulgado pela mídia internacional, que lhe deu no nome de Revolução do Veludo, mas em Bratislava, onde surgiu com o nome de Revolução Gentil, por sua proposta pacifista.

Nosso tour começou na praça em que ocorreu, em 1988, o primeiro ato anticomunista, que ficou conhecido como a Manifestação das Velas, pois reuniu, ali, milhares de católicos que, portando velas acesas, protestaram pelo direito de praticarem livremente sua religião.

A revolução propriamente dita começou em 16 novembro de 1989, com uma manifestação de estudantes universitários pela democracia, e continuou, no dia seguinte, em Praga, obtendo repercussão internacional. Os líderes do regime comunista renunciaram em dezembro e, no mesmo mês, o escritor Václav Havel foi eleito presidente do País. 

A Tchecoeslovária foi dissolvida em 1993, e surgiram dois novos países: a República Tcheca e a Eslováquia e, também nesta ocasião, as mudanças foram obtidas após uma série de protestos e reivindicações populares.

A Eslováquia é um país muito barato. Para que tenham uma ideia, o valor do ônibus, em Viena, era de 2,80 euros e, aqui, é de 70 centavos de euro. Tanto lá, como aqui, os ônibus não são tão confortáveis quanto no Brasil (alguns não têm nem estofamento nos bancos), mas todos são super pontuais. Se está anunciado que o ônibus passará em tal parada às 14h23min, podes ter certeza que exatamente neste horário ele estará ali.

Pela noite, Tuca e eu nos adiantamos para o apartamento, e minhas filhas ficaram um pouco mais na rua, de onde voltaram com um monte de compras, e preparamos um bom jantar, para comemorar nossa alegria de podermos compartilhar de momentos tão especiais como os que temos vivido desde sábado passado.

 

Imagens do 6º dia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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