Intriga a muitos no meio político a gana fidagal de Dilamar Soares (PSD) pelo prefeito Marco Alba (PMDB), de quem já foi líder do governo e com o qual já dividiu apartamento quando solteiros nos anos 90.
– Minha maior alegria é saber que ele não será prefeito dia 1º – repete, nervosamente, a quem quiser ouvir, o vereador que, reeleito com 1.597 votos, 469 a menos que em sua primeira eleição em 2012, ao fim do ano tende a trocar parte de sua equipe, como já fez com alguns amigos.
Um dos surpresos com a belicosidade do Dila é Laone Guimarães, secretário da Saúde e que, há quatro anos, coordenou voluntariamente a campanha vitoriosa do parlamentar, com quem à época privava da amizade.
Sessão dessas, Laone estava na Câmara, acompanhando a votação de projeto enviado pelo prefeito para contratação de 39 médicos, quando Dilamar se aproximou e perguntou:
– Quer acordo entre as bancadas para votar hoje?
– Seria ótimo – respondeu o secretário, imaginando estar frente a um inusitado gesto de camaradagem.
– Pois não vou dar! – saltou para trás Dilamar, mexendo o dedo negativamente e gesticulando, como lhe é característico.
Laone olhou para um incrédulo Jean Torman, procurador-geral do município que estava sentado ao lado, e comentou:
– Estamos precisando mesmo de médicos.