RAFAEL MARTINELLI

Dimas saiu da casa de Kassab candidatíssimo a prefeito de Gravataí; A nota sem senão e a ‘fofoca interminável’

Dimas, em SP, com Kassab e Danrlei de Deus

Dimas Costa (PSD), secretário-adjunto do Esporte do governo Eduardo Leite, soltou nota nesta segunda-feira confirmando que é candidato a prefeito em 2024.

Em 2020, o ex-vereador foi segundo colocado na eleição para a Prefeitura, perdendo para Luiz Zaffalon (PSDB), cuja aproximação política tratei em artigos anteriores como ‘interminável fofoca’.

Siga a nota, ilustrada com foto ao lado do deputado federal Danrlei de Deus e de Gilberto Kassab, na casa do presidente nacional do partido, em São Paulo.

“(…)

É com grande entusiasmo e comprometimento que reforço a confirmação da minha pré-candidatura à prefeitura de Gravataí.

Esta decisão é respaldada pela prioridade do Partido Social Democrático (PSD), sobretudo atendendo ao pedido pessoal do presidente nacional e ex-ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab.

Tive a honra de ser recebido por Kassab em sua casa em São Paulo, junto ao secretário estadual do Esporte e deputado federal licenciado Danrlei de Deus, onde a disputa pela Prefeitura de Gravataí foi colocada como prioridade da sigla nacional.

Em 2020, construímos uma campanha belíssima que conquistou a confiança de 35.623 gravataienses e nos deixou em segundo lugar na disputa pela prefeitura.

Essa experiência, somada ao trabalho que desempenho hoje no governo de Eduardo Leite, reforçou ainda mais a minha convicção na democracia e na construção de um projeto de cidade que valoriza as pessoas e suas comunidades.

Nossa qualificada nominata de pré-candidatos a vereador do PSD está praticamente completa e será oficializada em março, junto com a oficialização da minha pré-candidatura. Acredito no fortalecimento da representatividade política local para efetivar as mudanças necessárias em nossa cidade.

Convido a todos que desejam participar da construção de um plano de governo sólido e alinhado com as reais necessidades da nossa cidade.

Juntos, podemos transformar Gravataí em uma cidade ainda melhor para se viver.

(…)”

Sigo eu.

Na política as ausências dizem mais que as presenças. Vale para as gentes, mas também para as palavras.

Se em entrevistas anteriores ao Seguinte: Dimas repetiu a frase “na política a gente não sabe o dia de amanhã”, na nota de hoje não deixou indicativo de avanço numa aproximação eleitoral com Zaffa, para apoiar à reeleição o prefeito aliado do governo Leite.

Em Zaffa e Dimas pediram o mesmo ao ‘Papai Noel da Política’; O babado forte na Gravataí estudada, escrevi:

“(…)

Resta aí o pedido de Zaffa e Dimas ao ‘Papai Noel da Política’, algo como o fim do tradicional ‘GreNal Político da Aldeia’, o ‘nós contra eles’.

Se estarão juntos, em uma mesma coligação, ou em diferentes números na urna eletrônica, aguardemos o Coelhinho da Páscoa confirmar, em março.

O que profetizo?

Dimas é primeiro suplente na Assembleia Legislativa e secretário-adjunto de Estado. Se não assumir como deputado, ou como secretário, deve concorrer a prefeito. Além de colocar o nome na rua pensando na AL em 2026, seria uma das candidaturas preferenciais a prefeituras pelo PSD gaúcho, o que faria seu fundo eleitoral chegar próximo ao milhão.

Os partidos não costumam deixar esse dinheiro parado na conta.

(…)”

Sigo hoje com a mesma análise.

Aqui, na planície, a participação no governo municipal parece não seduzir Dimas.

Se quiser a parceria eleitoral, Zaffa terá que ir aos palácios e incidir junto ao governador para garantir um projeto político estadual – melhor do que aquele que citei acima, da candidatura própria pelo PSD – que permita a Dimas condições para ser eleito à Assembleia Legislativa em 2026.

Dimas ter saído da casa de Kassab candidatíssimo não permite apenas a análise de que terá uma fatia gorda do fundo eleitoral para campanha. O presidente é notório por ter construído uma máquina partidária a partir do incentivo a candidatos depois eleitos para prefeituras no interior paulista.

Fato é que, como publicamente sempre disse que seria candidato (a novidade da nota de hoje é que não contém um senão sequer), não cabe em Dimas aquela do Millôr, sobre o ministro que “disse uma verdade na TV e corou de vergonha”.

Ao que parece, a aproximação Zaffa-Dimas é apenas institucional e política, como ambos tem dito em entrevistas.

Eleitoralmente parece restar apenas uma ‘interminável fofoca’. E, talvez, alguma tabelinha futura nos debates de campanha que travarão com o tradicional ‘GreNal Eleitoral da Aldeia’, Marco Alba (MDB) x Daniel Bordignon (PT).

Participe de nossos canais e assine nossa NewsLetter

Facebook
WhatsApp
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Conteúdo relacionado

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Receba nossa News

Publicidade