PP, DEM e PV estão formando um bloco político em Gravataí. Cada partido tem hoje um vereador, mesmo tamanho que terão na próxima legislatura.
A ‘federação’ foi costurada por Robertinho Andrade (PP) e Evandro Soares (DEM), partidos que já concorreram coligados na eleição de outubro, onde os dois, as principais estrelas, foram reeleitos, e por Márcio Souza (PV), que não foi reeleito, mas terá como representante da bancada Airton Leal.
O momento da aliança não poderia ser mais simbólico. Os três partidos são, hoje, da base do prefeito Marco Alba (PMDB). Mas o tempo é de reconstrução, ou não, das alianças, e de disputa pela Presidência da Câmara, num período insólito onde, com as novas eleições, possivelmente em 12 de março, o presidente eleito em 1º de janeiro comandará a Prefeitura por pelo menos três meses.
Como política é disputa por espaço e balanço de forças, PP, DEM e PV devem colocar na mesa os 22 mil votos feitos na eleição.
Mais que os 15 mil recebidos pelo PSDB do vice-prefeito Francisco Pinho que, por ter dois vereadores eleitos, e decisivos na eleição da Presidência da Câmara, o prefeito tenta reconquistar para a base do governo.
Imagine Marco atrair o PSDB calculando que, teoricamente, com 12 votos, garantiria para o governo a Presidência, e a Prefeitura, mas, na eleição entre os vereadores, ver um candidato apoiado pela oposição ser eleito com os três votos de PP, DEM e PV?
Ao fim, pela boa relação que os partidos mantém com o prefeito, o movimento de PP, DEM e PV tende a ser para, na reconfiguração de forças da nova eleição, não despontar apenas para o anonimato.
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