O diagnóstico da toxoplasmose congênita, doença infecciosa que ocorre quando há a transmissão do Toxoplasma gondii para o bebê durante a gestação, passou a ser incluído no Teste do Pezinho. Com isso, foi ampliado de seis para sete o número de doenças rastreadas pelo exame, disponibilizado gratuitamente em todas as 29 unidades de saúde de Gravataí e sem a necessidade de agendamento prévio.
Até então, o Teste do Pezinho diagnosticava fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase – doenças que não apresentam sintomas ao nascimento. Por conta disso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) reforça a importância da realização do exame na vida do recém-nascido e na sua qualidade de vida, à medida que auxilia na descoberta precoce das doenças graves.
Conforme a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), cerca de 85% dos recém-nascidos com toxoplasmose congênita não apresentam sinais clínicos evidentes ao nascer. No entanto, uma avaliação detalhada ajuda a mostrar alterações, tais como restrição do crescimento intrauterino, calcificações cerebrais, dilatação dos ventrículos cerebrais, alterações liquóricas e lesões oculares, principalmente retinocoroidite.
Embora a maioria das crianças infectadas seja assintomática ao nascer, se não tratadas adequadamente, podem desenvolver sequelas na infância ou na vida adulta, o que reforça a importância e necessidade do teste. O risco de transmissão é em torno de 40%, aumentando com o avançar da gestação. A doença, porém, é mais grave quando o feto é infectado no primeiro trimestre de gestação e geralmente leve ou assintomática, quando o bebê é infectado durante o terceiro trimestre. As principais sequelas da toxoplasmose congênita são lesões oculares, surdez ou, em casos mais graves, microcefalia.
Teste do Pezinho
A data ideal para a coleta de gotas de sangue do calcanhar do bebê, lembra a SMS, é entre o terceiro e o quinto dia de vida.
Rápido e seguro, o exame tem o objetivo de detectar, diagnosticar e impedir o desenvolvimento de diversas doenças, tanto genéticas quanto metabólicas, que podem levar à deficiência intelectual e/ou causar prejuízos à qualidade de vida da criança.
Se descobertas e tratadas a tempo, a chance de que as doenças não deixem sequelas aos pacientes afetados é maior.
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
: Da criança: caderneta de vacinas, certidão de nascimento, cartão SUS.
: Do responsável: documento de identidade e comprovante de endereço.