perfil alan vieira, PMDB

Do pop rock para a política

Alan Vieira tira selfie com galera no Skatepark de Gravataí

No encerramento da série que contou o perfil de cada um dos vereadores de Gravataí, uma história que começou início dos anos 2000, quando um aluno do Dom Feliciano empunhava uma guitarra ao lado dos amigos antes mesmo de pensar em política. Hoje, ele é vereador e atende pelo nome de Alan Vieira

 

No dia em que esta entrevista foi feita, a banda que o vereador Alan Vieria, 29 anos, estava ouvindo no rádio era The Killers – mas não é como 'o matador' que ele se comporta. Extrovertido com os amigos, pacato na vida política, é visto como o 'filho do Marco' pela proximidade que tem e demonstra com o prefeito Marco Alba, do PMDB.

– Ele é minha referência – garante.

E sempre foi assim – pelo menos na política.

 

No começo, era de Cachoeirinha

 

A relação com Gravataí começou, na verdade, quando Alan já tinha uns 11, 12 anos. Ele morava em Cachoeirinha com a família, mas uma ligação com a Aldeia já existia.

– Meu pai trabalhava lá. Minha avô morava aqui. Um dia resolvemos vir. E eu fui estudar no Dom Feliciano.

Era o finalzinho dos anos 90, início de 2000. A cidade começava a viver os primeiros tempos da GM, gente vindo de fora, gente daqui investindo e crescendo. E a Gravataí deixando a vocação de cidade-dormitório para o passado.

Era também um tempo divertido para um jovem estudante secundarista.

– Vivia na casa dos amigos, dormia um dia na casa de um, outro na casa de outro – conta Alan.

Enquanto os primeiros Celtas gravataienses começavam a sair da então moderníssima linha de montagem do Completo Automotivo da General Motors, Alan, no Dom Feliciano, foi fisgado por outra ciência: a música. Pilhado por amigos e convidado por um dos professores, foi parar na banda marcial da escola.

Aprendeu a tocar trompete.

– A Springfield só apareceu um tempo depois.

 

A banda e a fama

 

É claro que a banda surgiu para diversão dos próprios amigos – mas ganhou um certo tamanho, também. E fez o seu sucesso – primeiro entre as paredes do Dom Feliciano, depois em festas e aniversários dos amigos e dos amigos dos amigos daquela turma.

A Springfield era formada por Juliano Azzi no vocal, Gabril Gomes e Alan Vieira nas guitarras, Lucas Bazzotti no baixo e Pedro Ramos na bateria. Pedro ainda hoje vive da música. Morou em São Paulo e toca na Tópaz, outra banda aqui do Sul.

– A gente gostava de pop/rock e resolvemos montar a banda. Tocava cover dos sucessos da época.

Viraram febre. Pena que a época do colégio acaba.

– Cada um acabou indo para um lado, mas a gente é amigo até hoje. Sempre nos falamos – resume Alan.

Da Springfield e seus últimos dias no ensino médio do Dom Feliciano, o cara que gostava de dormir na casa dos amigos resolver e tocar guitarra tinha pela frente uma escolha quase sempre difícil para esta idade. Alan tinha que escolher que profissão, seguir, uma faculdade para fazer. E resolveu ser advogado.

E foi estudando para isso que descobriu a política pelas mãos de Marco Alba.

 

Para ser o Dr. Alan

 

Alan queria formar-se em Direito, montar um escritório e viver a vida na seqüência em que ela se apresentava logo que saiu do colégio. Passou no vestibular no IPA, em Porto Alegre, e teve que expandir os horizontes.

Só faltava grana para isso.

– Procurei o Marco Alba na Assembleia em busca de um estágio para poder tocar a faculdade. Sou amigo do Renan e do Vinícius, filhos dele. Fui tentar uma força e ele me deu uma oportunidade.

Tinha 17 anos.

– Nessa época, eu não acreditava muito em política, como todos os jovens. Mas fui conhecendo e me apaixonando. A relação com as pessoas, levar os problemas adiante até terem uma solução. Passei a gostar.

 

Na saúde e na tristeza, junto com Marco

 

A relação com Marco Alba também se aprofundou com o tempo. Virou confiança.

– Quando o Marco foi para Secretaria de Habitação do Estado, fui junto.

Lá, Alan soube que queria viver a política intensamente.

Voltou para Assembleia quando Marco concorreu à segunda reeleição, em 2010, ajudando na coordenação da campanha.

Marco fez mais de 82 mil votos naquela eleição. Foi o mais votado do PMDB, o segundo de todo o Estado.

– Era na saúde e na tristeza, sempre com o Marco. Graças a Deus, foi só alegria!

 

Ser vereador virou um sonho

 

Em 2008, Alan resolveu disputar sua primeira eleição em Gravataí.

– Eu era da juventude do partido, a gente tinha uma turma boa e a candidatura foi uma coisa natural. Só que a gente não pensava em uma estratégia para eleger. A gente só queria disputar, ajudar o partido.

Do grupo que reunia na juventude, quatro foram candidatos – e nenhum se elegeu. Alan fez 590 votos.

– Mas pus na cabeça que concorreria de novo em 2012 e trabalhei para ser uma eleição muito melhor do que a primeira.

Tinha só 21 anos e muita caminhada pela frente.

 

Até chegar lá…

 

Antes da campanha seguinte chegar, a ex-prefeita Rita Sanco (PT) foi cassada e o então vereador Acimar da Silva (PMDB) dirigiu o governo eleito pela Câmara. Alan deixou a Assembleia e assumiu um cargo na Secretaria de Comunicação.

Era a chance de estar mais perto da cidade e, quem sabe, emplacar uma candidatura com chances de eleição.

– Havia lealdade com o projeto político.

Havia uma série de atividades coordenadas para reforçar a campanha do candidato a prefeito no meio da juventude. Alan, dessa vez, era o único candidato do PMDB nesse segmento.

Fez 2.197 – e foi eleito vereador pelo PMDB em 5 de outubro de 2012.

Naquela noite, Alan chorou.

 

Mandato e governo

 

O desafio, para Alan Vieira, era fazer um mandato a altura da expectativa criada com a eleição e sua proximidade com o prefeito.

– A gente entra querendo fazer a diferença, sempre. Eu também queria mudar a cultura estabelecida, o modelo.

Começou isso do seu jeito. Manteve os amigos da campanha por perto, consultou muitos sobre as posições que teria que tomar com o mandatos sobre as mãos.

– As pessoas sabem quem eu sou. Não surpreendo com minhas atitudes. E não tenho medo de defender as escolhas que fizemos.

No meio do mandato, Alan chegou a assumir o cargo de secretário de Governança. Retomou o mandato em março deste ano e concorre à reeleição.

 

Um arrependimento

 

– Não tenho arrependimentos. Tudo o que fiz foi com consciência

 

Político que admira

 

– Marco Alba, claro. Arrojado, dinâmico. Ângela Merkel, premier da Alemanha. O Macri, da Argentina.

 

O voto em outubro

 

– No Marco Alba!

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