CULTURA

1º Festival de Cinema de Gravataí encerra com emoção, homenagens e premiações; duas produções locais receberam troféus

Foto: Beatriz Meyer

O encerramento do 1º Festival de Cinema de Gravataí foi marcado por fortes emoções e casa cheia no Teatro Sesc Gravataí, no último sábado (30). O público lotou o espaço para a noite final, que contou com a apresentação da Orquestra de Metais Aléxius Follmann (OMAF), sob regência do maestro Jean Valério, trazendo um repertório inspirado em clássicos do cinema. A cerimônia também prestou uma homenagem póstuma ao ator Sirmar Antunes, referência no audiovisual gaúcho.

Durante a solenidade, o prefeito Luiz Zaffalon celebrou a importância do festival para a cidade: “Gravataí deu um passo importante para a cultura e para o audiovisual. Um festival deste porte só acontece porque temos pessoas comprometidas e apaixonadas pela arte. Parabéns aos organizadores e a todos que acreditaram nesse projeto, que projeta Gravataí para muito além das nossas fronteiras.”

O evento foi conduzido pelo ator Paulo Adriane, realizador local e mestre de cerimônias, que apresentou os filmes e convidados, além de compartilhar sua trajetória no cinema.

Premiações

Entre os destaques da noite, dois filmes gravataienses foram premiados. O documentário “Memórias de uma Aldeia dos Anjos”, de Jéssica Fonseca, conquistou o Troféu Menino de Pedra na categoria Júri Popular. Já o curta “Outro Lado”, de Jackson Reis, recebeu o Troféu Metropolitano RS, concedido pelo ecossistema de produção audiovisual da Região Metropolitana.

No total, sete produções foram premiadas pelo júri oficial, que contou com a professora e diretora Flávia Seligman, o cineasta Gustavo Spolidoro e o jornalista e crítico Roger Lerina. Foram contemplados filmes nas categorias Estudantil, Municipal e Estadual, escolhidos entre os 32 títulos exibidos ao longo dos três dias do festival.

A valorização do audiovisual local

A coordenadora de Formações, Programação e Curadoria, jornalista Marcilene Forechi, destacou a relevância de cada produção participante: “Mais do que uma competição, o Festival cumpre o papel de ser uma janela para o cinema independente, especialmente os curtas-metragens. Cada filme exibido já é uma vitória, pois conhecemos as dificuldades de produção e de circulação dessas obras.”

Já a coordenadora geral e produtora executiva do festival, a atriz e diretora Marlise Damin, reforçou a importância das políticas públicas de incentivo à cultura: “A LPG foi fundamental para a realização deste festival e para a produção de muitos filmes exibidos aqui. Gravataí se insere no circuito de festivais de cinema com um evento diverso, inclusivo e que mostra a potência da produção local.”

Impacto e futuro

Durante os três dias do festival, circularam em média 400 pessoas por dia, incluindo estudantes de escolas públicas, artistas, diretores e jornalistas. Para o secretário municipal de Cultura, Patrick Silva, o evento inaugura uma nova fase para a cidade: “Essa primeira edição consolida um espaço para o cinema em Gravataí. Estamos fortalecendo a cadeia cultural e criando oportunidades para que nossos artistas tenham visibilidade e reconhecimento. Que seja o início de uma longa trajetória.”

O secretário adjunto de Cultura, Giulliano Pacheco, também destacou o desempenho dos realizadores locais: “É uma alegria ver filmes gravataienses premiados em meio a tantas produções de qualidade. Esse resultado mostra a força e a criatividade dos nossos cineastas e nos dá ainda mais certeza de que Gravataí tem muito a contribuir para o audiovisual gaúcho.”

Com a estreia bem-sucedida, o Festival de Cinema de Gravataí se firma como um novo espaço de valorização da cultura, da produção independente e da identidade audiovisual local, projetando o município no mapa do cinema gaúcho e brasileiro.

Confira os ganhadores do troféu, uma escultura produzida pelo artista visual Lucas Stray.

Categoria Estudantil – Gênero Ficção

– Falta Técnica, de Isabela Renck (Porto Alegre)

Categoria Estudantil – Gênero Documentário

– A luta pela terra indígena, de Orluck Jeiko Benites (Viamão)

Categoria Municipal – Gênero Ficção

– Nóia 46 graus, de Lorenzo Telles (Novo Hamburgo)

Categoria Municipal – Gênero Documentário

– Kephas é Pedra, de Luis Alberto Cassol (Novo Hamburgo)

Categoria Estadual – Gênero Ficção

– Sítio dos Vagalumes, de Eduardo Piotroski (Porto Alegre)

Categoria Estadual – Gênero Documentário

– Roma Guaporé, de Gilberto Perin (PortoAlegre)

Categoria Júri Popular

– Memórias de uma Aldeia dos Anjos, de Jéssica Cardoso (Gravataí)

Troféu Metropolitano RS

– Outro Lado, de Jackson Reis (Gravataí)

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