coluna do silvestre

E o Zaffari de Gravataí vai ficar só no esquilo?

Esquilo símbolo do grupo Zaffari pode ser visto há anos no terreno em que a empresa quer instalar um mega-empreendimento da ordem de R$ 300 milhões

— Não vou desistir. Vou até o fim, até achar uma solução!

Foi o que disse agora há pouco, ao colunista, o super-secretário da Habitação, Saneamento e Projetos Especiais da Prefeitura de Gravataí, Luiz Zaffalon, quando voltei a questioná-lo sobre um tema em que é expert e que interessa a boa parte da comunidade: a instalação do power center da Rede Zaffari na divisa com Cachoeirinha, altura da parada 60 da avenida Dorival de Oliveira.

Zaffalon afirmou que vem se reunindo quase todas as semanas com os donos-lindeiros de áreas que precisam ser liberadas para a construção do arruamento na direção da Dorival e que estão travando o projeto que já poderia estar em fase adiantada de construção.

Tanto isso é verdade que o próprio diretor do grupo, Cláudio Zaffari, me disse lá em abril, quando perguntei sobre o início das obras:

— Tão logo a Prefeitura libere a área que falta, vamos tocar a obra. É só resolver a situação que está travando e a gente vai recomeçar, com tudo!

 

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Relembrando a lenga-lenga…

 

São quatro os donos das terras que ficam entre o terreno adquirido pela Rede Zaffari e os bairros Moradas do Vale I e III e que devem liberar uma fração do que possuem ali para a construção das ruas. Sem elas, não tem o investimento de R$ 300 milhões.

Só que os quatro não se acertam entre si, alegam falta de dinheiro para pagar as custas da transferência da parte que devem ceder, e andaram até exigindo alteração no projeto das ruas para não sofrerem perdas na venda futura do quinhão que lhes restará.

A bem da verdade eles até aceitaram um encontro de contas com a Prefeitura já que devem cerca de R$ 3 milhões em impostos. Parte dessa dívida seria deduzida a partir da entrega da terra necessária para que o diretor Cláudio Zaffari mande ligar os tratores.

Uma lei para adequar a negociação foi encaminhada pela prefeitura ao Legislativo, que aprovou, e o prefeito Marco Alba (PMDB) sancionou. Feitos os ajustes, ainda assim os quatro, ou pelo menos um deles, vem apresentando barreiras que impedem o desfecho.

E é justamente este puxa-estica que pode fazer Gravataí perder este investimento que além de gerar emprego e renda vai impulsionar a economia na forma dos salários pagos e dos tributos recolhidos. Fo o que o secretário Zaffalon admitiu no começo do mês passado.

 

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Sobre o momento atual, o secretário Zaffalon disse nesta sexta que uma nova reunião vai ser realizada na próxima semana. Ele não informou a data porque ainda está tentando reunir todas as partes envolvidas no entorno de uma grande mesa. E admitiu que se não houver acordo, o município pode partir para uma desapropriação da área.

O município nem faria “desembolso” de dinheiro já que os empresários devem ao município. E os valores seriam arbitrados conforme dita o mercado imobiliário.

E ponto.

Mas isso é coisa que ainda vai ser definido no setor jurídico da municipalidade se – reiterando! – não houver acerto.

Para encerrar perguntei ao Zaffalon:

— Secretário, de um a cinco, qual a chance de uma solução a curto prazo?

E ele:

— Quatro.

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