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Em Gravataí, vereadores aprovariam impeachment de Dilma

Se a presidente Dilma Rousseff fosse julgada pelos vereadores de Gravataí, o impeachment estaria aprovado na Câmara.

Dos 21 vereadores, 16 são favoráveis ao impedimento, superando em dois votos os 14 necessários para chegar aos dois terços observados no rito de cassação da Câmara dos Deputados.

Nenhum parlamentar ficou em cima do muro.

O PMDB de Michel Temer votaria unido pelo impeachment.

Dos quatro vereadores que saíram do PT, extinguindo a bancada na Câmara, três são contrários ao impedimento – Alex Peixe (PDT), Carlito Nicolait (PSB) e Dimas Costa (PSD). Apenas Alemão da Kipão (PSD) é favorável.

Confira os votos levantados pelo SEGUINTE: e as justificativas dos vereadores.

 

16 'votos' a favor

 

Alan Vieira (PMDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Acho que há razões não só políticas como jurídicas para o impeachment da presidente da República.

 

Alex Tavares (PMDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Quebraram o país. Vivemos o maior escândalo já visto no país. É muita corrupção.

 

 

Clebes Mendes (PMDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– O caos que vive o Brasil só tem um nome: PT.

 

 

Juarez Souza (PMDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– As ‘pedaladas’ existiram. E o que fortalece o impeachment são todas as provas de corrupção levantadas pela Java Jato.

 

 

Nadir Rocha (PMDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– O governo Dilma não teve responsabilidade fiscal. E isso não deveria valer só para ela, mas para prefeitos e governadores também. O processo de cassação é legal, constitucional, e mesmo o mandatário mais popular, eleito com o maior número de votos que seja, precisa respeitar a lei. E nem falo na corrupção, onde muito se fez e deixou fazer nesse governo.

 

 

Paulinho da Farmácia (PMDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Dilma não tem mais condições morais de governar. O povo não confia mais. O país precisa de novos ares. Que se dê oportunidade de uma mudança.

 

 

Beto Pereira (PSDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– É preciso um novo ânimo para o mercado e para a população. A crise é histórica. Eu preferia novas eleições, porque não tenho esperança de que algo mudará num governo de Michel Temer.

 

 

Fred Pinho (PSDB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Não vejo Dilma como a única culpada, mas é momento de uma mudança, a economia precisa reagir. O mercado não quer mais esse governo, prova são as reações positivas a cada avanço do processo de impeachment. E há indícios das pedaladas e de decretos sem autorização legislativa, além da compra da refinaria de Pasadena com autorização de Dilma. Dilma pode não ter envolvimento direto em desvios, mas é cada vez masi improvável que não sabia de nada.

 

 

Evandro Soares (DEM): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– A presidente cometeu vários crimes de responsabilidade: pedaladas fiscais, decretos com aumento de despesas, corrupção na Petrobras e obstrução da justiça. E com esses crimes Dilma provocou a crise, desemprego, aumento dos combustíveis e energia elétrica. Temos a responsabilidade de trabalhar por uma saída para o Brasil.

 

 

Carlos Fonseca (PSB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Sou muito a favor, por todos esses fatos noticiados pela imprensa. A presidente cometeu crimes de responsabilidade.

 

 

Paulo Silveira (PSB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Em meu voto eu seguiria a orientação do partido a favor do impechment, apesar de ser contrário a cassações. Acho que deveria ser respeitada a escolha do povo pelo voto direto. Vivemos uma crise sem precedentes e não vejo ares de mudança com um governo do PMDB de Temer e Eduardo Cunha. Nosso falecido líder Eduardo Campos já alertava para essa aliança com bandidos, mas o PT não quis ouvir o PSB.

 

 

Gerson Rovisco (PV): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– A presidente desrespeitou o poder legislativo. Gastou sem autorização e feriu a Constituição do país.

 

 

Márcio Souza (PV): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Eu seguiria a orientação do partido de voto favorável ao impeachment, embora não considere as pedaladas fiscais motivos para derrubar um presidente, até porque todos pedalaram. É diferente da cassação de Rita Sanco em Gravataí. À época, a ex-prefeita enviou à Câmara um pedido de autorização para renegociação de dívida, mas após já ter assinado o contrato. E mentir para o legislativo é um crime grave.

 

 

Tanrac Saldanha (PRB): A FAVOR DO IMPEACHMENT

O relatório da comissão especial mostrou claramente a ocorrência das pedaladas fiscais. E a Lava Jato dá a força moral ao impeachment. É um chega de corrupção.

 

 

Robertinho Andrade (PP): A FAVOR DO IMPEACHMENT

(O vereador, que também passou a semana em Brasília, não respondeu aos contatos da reportagem do SEGUINTE: para justificar sua posição, mas é favorável ao impeachment)

 

 

Alemão da Kipão (PSD): A FAVOR DO IMPEACHMENT

– Devido aos graves fatos novos que surgiram nas investigações, e atingiram diretamente a figura da presidente, e principalmente ouvindo a manifestação popular, tenho que afirmar minha posição favorável ao impeachment. Se chegamos a esse ponto foi porque a crise atingiu níveis insustentáveis, tornando-se quase impossível uma condição ideal para governabilidade. É um momento triste. Por mais que digam ser golpe, houve afronta à Lei de Responsabilidade Fiscal e crime de responsabilidade”.

 

 

5 'votos' contra

 

Alex Peixe (PDT) – CONTRA O IMPEACHMENT

– O partido nacionalmente fechou posição contra esse golpe, onde a sucessão de Dilma nos apresenta os fantasmas de Michel Temer e Eduardo Cunha.

 

 

Carlito Nicolait (PSB) – CONTRA O IMPEACHMENT

– Sou a favor da democracia. É uma questão de princípios. Olha ao que nos levou o impeachment da prefeita Rita Sanco em Gravataí: a um governo medíocre desde o primeiro dia. Do mesmo PMDB que, sem o voto popular, quer chegar à Presidência da República.

 

 

Dilamar Soares (PSD) – CONTRA O IMPEACHMENT

– Votaria contra o impeachment da forma como está colocado. Se estivesse em votação o pedido de cassação proposto pela OAB, votaria a favor, porque, com a delação do senador Delcídio do Amaral, lembra e muito as denúncias feitas contra Collor pelo irmão Pedro, que derrubaram o presidente em 1992. Entendo que apenas novas eleições podem tirar o Brasil da crise.

 

 

Dimas Costa (PSD) – CONTRA O IMPEACHMENT

– Sou contra qualquer impeachment, qualquer golpe. Para mim, o voto é sagrado e só com o respeito às decisões do povo se constrói uma democracia forte.

 

 

Maribel Wagner (Rede) – CONTRA O IMPEACHMENT

– É um golpe contra um governo eleito pelo voto e um golpe contra a democracia. Aqui em Gravataí sempre considerei um crime o impeachment da prefeita Rita Sanco. E acho inadmissível um congresso com tantos corruptos julgar uma mulher que não responde nenhum processo. Ando com nojo de acompanhar as notícias, ainda mais na Globo, que é uma vergonha.

 

 

 

 

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