SEGURANÇA

Emboscada de facção e sangue no carro: Polícia Civil reforça tese de homicídio no caso dos três desaparecidos em Canoas

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Canoas, com apoio da Brigada Militar e da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), deflagrou nesta terça-feira a terceira fase da Operação Amissus. O objetivo é esclarecer as circunstâncias do desaparecimento de Vítor Juan Santiago, 18 anos, Carolina Oliveira de Lima, 19, e Pedro Henrique Di Benedetto Rodrigues, 23, vistos pela última vez na noite de 6 de abril, no bairro Guajuviras.

Nesta etapa, foram cumpridas 11 ordens judiciais — sendo duas prisões preventivas e nove mandados de busca e apreensão em Canoas e Osório. Um dos suspeitos, apontado como executor e organizador da emboscada, foi preso preventivamente. Outro investigado segue foragido.

O desaparecimento

Segundo a polícia, os três jovens saíram de uma residência no bairro Guajuviras, após um churrasco, a bordo de um Fiat Punto. O carro foi encontrado abandonado dois dias depois.

As investigações apontam que o trio foi atraído para uma emboscada armada por uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, que teria ocultado provas e dissimulado a localização do veículo. A principal hipótese da polícia é de que os jovens tenham sido vítimas de homicídio.

De acordo com a delegada Graziela Zinelli, o desaparecimento teria ocorrido entre os bairros Guajuviras e Mato Grande, por volta das 22h. “A investigação teve início imediato após o registro dos desaparecimentos, em 8 de abril, quando os indivíduos deixaram a residência a bordo de um veículo”, explicou.

Em junho, a perícia encontrou marcas de sangue de uma das vítimas dentro do Fiat Punto, reforçando a tese de homicídio.

Desdobramentos da operação

As fases anteriores da Operação Amissus, realizadas em abril e maio, já haviam resultado na prisão de quatro suspeitos e na apreensão de dois veículos usados pela facção criminosa.

O diretor do DHPP, delegado Mario Souza, reforçou que a investigação não irá poupar nenhum dos envolvidos: “Os executores, mandantes e principalmente os líderes que estiverem envolvidos nesse desaparecimento serão investigados e responsabilizados”.

Denúncias

A Polícia Civil mantém o canal de denúncias anônimas pelo telefone 0800 642 0121.

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