SEGURANÇA

Endereço em Gravataí: PF desarticula contrabando de eletrônicos de alto valor com rota pelo Uruguai e apreende R$ 21 milhões

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira a Operação Descargo, ação de combate a uma organização criminosa especializada no contrabando de produtos eletrônicos de alto valor para o Brasil, com prejuízos milionários aos cofres públicos. Entre as cidades alvo dos 17 mandados de busca e apreensão cumpridos em seis estados está Gravataí, onde um endereço foi vasculhado pela PF.

A escolha de Gravataí como base logística destaca a estratégia da organização de usar cidades próximas a portos e rodovias estratégicas para distribuição interestadual. A operação contou com apoio da Receita Federal e Polícia Rodoviária Federal.

As investigações, que se estenderam por mais de quatro anos, revelaram um esquema sofisticado: os produtos eram adquiridos nos Estados Unidos, enviados ao Uruguai e, posteriormente, introduzidos ilegalmente no Brasil por rotas clandestinas na fronteira do Rio Grande do Sul. Após entrarem no país, eram armazenados em entrepostos no estado gaúcho e distribuídos para outros estados por meio de empresas de fachada e laranjas.

Prejuízo milionário e apreensões recordes

Somente na região central do RS, a PF realizou quatro grandes apreensões vinculadas ao esquema: duas em 2020, de R$ 8 milhões em mercadorias e tributos sonegados e duas em 2024 (com apoio da PRF), com R$ 13 milhões em produtos e impostos fraudados.

O total apreendido nessa região supera R$ 21 milhões, evidenciando a dimensão do contrabando.

Os mandados foram cumpridos no Rio Grande do Sul, em Santana do Livramento (3), Porto Alegre (4), Canoas (1) e Gravataí (1); em Santa Catarina, em Itapema (2), Blumenau (1), Biguaçu (1), Palhoça (1) e em outros estados: Salvador/BA (1), Brasília/DF (1), Vila Velha/ES (1).

Dois mandados de prisão preventiva foram executados em Itapema/SC e Santana do Livramento/RS.

Blindagem financeira e medidas cautelares

Para garantir o ressarcimento aos cofres públicos, a Justiça Federal determinou bloqueio de R$ 30 milhões em contas bancárias e criptoativos, sequestro de sete imóveis e apreensão de 21 veículos, 5 embarcações (incluindo lancha) e equipamentos de academia.

Onze investigados receberam medidas cautelares, como proibição de sair do país e entrega de passaporte.

Os envolvidos responderão por descaminho (sonegação fiscal), associação criminosa e lavagem de dinheiro. A PF ressalta que a operação cortou uma das principais rotas de contrabando de eletrônicos no sul do país, reforçando o combate ao crime organizado transfronteiriço.

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