SAUL TEIXEIRA

Enfim, um Grêmio organizado e combativo. Ganhando ou perdendo!

Foto: Lucas Uebel

Marcação avançada, pressão para recuperar a bola, volume, intensidade e triangulações no campo ofensivo. As valências citadas, acredite se puder, finalmente passaram a fazer parte das rotinas na Arena do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense. Ganhando ou perdendo!

É claro que a derrota para o Juventude, às portas de um clássico Gre-Nal, acende o alerta entre os torcedores, mas não podemos ignorar o fato do tricolor ter poupado grande parte dos titulares. Com o que tem de melhor no elenco, as amostragens da temporada são, no mínimo, promissoras. Não somente pelas vitórias, mas sobretudo, pelo Futebol Além do Resultado que gera Resultado.

Méritos do treinador Gustavo Quinteros, aliado à revolução também na preparação física. Agora, o “suor” está sendo ditado pelo velho conhecido Rogerinho Dias, campeão da América em 2017. São rigorosamente os mesmos jogadores do elenco de 2024 e, pasmem, também a mesma estrutura tática. Como explicar a metamorfose?

Primeiro, é preciso relativizar a fragilidade dos adversários enfrentados até o momento, é claro! O time principal do Grêmio não enfrentou nenhum rival da Série A em 2025. Em segundo, não era preciso “fazer muito” para superar o péssimo trabalho de Renato na sua última passagem. Entretanto, a evolução é inegável e inquestionável na comparação do Grêmio com ele mesmo.

Cristaldo ou Monsalve. Aravena ou André Henrique. Braithwaite ou Arezo. Independente de quem jogue, existe padrão definido, mecânica de jogo, estrutura tática. Tudo o que não existia há muitos e muitos anos na prancheta azul, preto e branco. O Grêmio de Quinteros está sendo muito bem sedimentado. O alicerce já está posto. A tática, tantos anos negligenciada, voltou ao vestiário e ao campo de jogo.

É claro que existe terreno para evoluções. Uma delas é colocar o lado esquerdo no mapa de calor da equipe. Quando os titulares atuam, é comum vermos triangulações entre João Pedro, Villasanti e Pavón, bem como outras jogadas de aproximação com Cristaldo. Já no lado canhoto, a presença do zagueiro Viery, improvisado na camisa 6, é um dos empecilhos, por exemplo.

As “caídas” de Cristaldo e do próprio Villasanti pelo setor são alternativa. Pavon, vez que outra, pode mudar de lado e, momentaneamente, tramar com Aravena. Por que não? Edenílson aberto à direita, porém, mesmo no time B, novamente tem se mostrado inoperante. Talvez seja o maior “pecado” de Quinteros até o momento. O camisa 8 “é, foi e sempre será” opção para a segunda função de meio. Ponto final! Sempre em tom pitaqueiro, é claro!

Voltando à partida mais recente, contra o Juventude, a oscilação já estava no script. Poupar os titulares justamente no maior teste da temporada era um risco “calculado” visando o maior clássico do Mundo na noite do próximo sábado. Mesmo com a derrota em Caxias do Sul, a partida foi equilibrada.

Na peça ofensiva, o time repetiu parte do volume e das chances criadas na temporada. Desta feita, porém, sem convertê-las. Já o sistema defensivo demonstrou as mesmas fragilidades da Era Renato. E aqui entra um dos maiores responsáveis por isso: a falta de reforços principalmente para o setor. Alô, direção! Mãos à obra. Partiu supermercado??? Do contrário, não existirá “mágica tática” que resolva.

Enfim…

O Gre-Nal será um interessante termômetro para avaliarmos o real potencial da famosa dupla neste início do ano. Pelo lado azul da força, existe a certeza que o pior já passou. Ao menos, é o que o campo tem demonstrado jogo após jogo. Perdendo ou ganhando. Principalmente quando jogam os titulares.

Bom clássico a tod@s!

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