SAUL TEIXEIRA

Erros “primários” roubam a cena na estreia de Enner Valencia pelo Inter

Decepção do tamanho do Maracanã! Após dez jogos de invencibilidade e alguma evolução em performance, o Inter voltou a sucumbir em rendimento e resultado. Fluminense 2 a 0. A péssima atuação gaúcha tem apelido e sobrenome: Mano Menezes!

Maior reforço da temporada, Enner Valencia estreou discretamente. O camisa 13 passou 49 minutos correndo atrás de Marcelo na recomposição defensiva. Certamente não é a melhor maneira de explorar o potencial do 3º maior artilheiro da Europa na temporada, né?

Para a etapa final, sequer retornou. Mais um absurdo!!! Embora não seja Centroavante de Carteirinha, pode perfeitamente atuar como referência. Com liberdade de movimentação, pode criar espaços para os extremas, meias e volantes infiltrarem. Desta feita, ampliaria o repertório ofensivo da equipe, mesmo longe do seu “habitat natural”.

Na seleção e no Fenerbahçe, funções claras e semelhantes: segundo atacante pela esquerda. Com liberdade de movimentação e sem maiores preocupações defensivas. Exatamente o oposto do cenário proposto por Mano na primeira aparição do avante de 6 gols em 2 Copas do Mundo.

No Beira-Rio, alguns “desenhos” podem encaixar o equatoriano na equipe a ponto de ampliar a força coletiva. As 3 principais alternativas talvez sejam, inicialmente: 4-2-2-2; 4-3-1-2 ou 3-5-2.

É claro que as ausências de Maurício e Alan Patrick reduzem consideravelmente a capacidade do time. Entretanto, é aquilo que falamos insistentemente neste espaço: quanto maiores forem as limitações, maior é a importância da mão do treinador. Ficou para domingo contra o Palmeiras. Será?

Futebol se ganha, se perde e se empata é no meio-campo. Sem a dupla titular de meias, o time sangrou pela ausência de articulação, cadência, inteligência coletiva! A presença de Aránguiz desde o início poderia ter atenuado os problemas, principalmente quando Johnny virou ausência às portas do apito inicial.

Contra o Cruzeiro na rodada anterior, o time mostrou interessante dinâmica no meio com Rômulo, Aránguiz e De Pena. Àquela altura, Alan Patrick já havia deixado o gramado, lesionado.

Além de rever a mecânica taticamente e de criar alternativas para a ausência de Maurício, lesionado, Mano Menezes precisa rever algumas “cadeiras cativas” inexplicáveis na temporada. Jogadores que possuem status de titular, gozam de admiração de parte da torcida mas que, insistentemente, entregam pouco, bem pouco, quase nada.

Falo, sobretudo, de Luiz Adriano, Bustos e Wanderson!!! Não necessariamente nesta ordem. Alemão, Lucca ou Enner como 9. Igor Gomes ou Rômulo na camisa 2. Para a função de Wanderson, as lesões de Maurício e Pedro Henrique garantem “sobrevida” ao camisa 11 entre os titulares. Mesmo assim, também existem opções: o próprio Enner, Lucca, De Pena ou até Thauan Lara em alguma eventualidade.

Será novamente uma semana sem jogos. Além do “refresco” físico, haverá tempo para treinar, testar, variar, ousar… Embora futebol requeira tempo, rotina, repetição e insistência, a comissão técnica tem tido condições muito mais favoráveis para trabalhar do que nos últimos meses. Flávio de Oliveira e Magrão fora de campo. Enner e Aránguiz dentro dele, por exemplo! Portanto, agora existe matéria-prima para entregar beeeem mais!!!

Domingo o adversário será ninguém menos que o Palmeiras, sensação do Continente nas últimas temporadas. Baita teste também para a “pedreira” frente ao River Plate pela Libertadores no mês que vem. Afinal, qual o atual estágio do Inter??? Qual o verdadeiro potencial da equipe??? É possível sonhar???

As respostas de momento passam, fundamentalmente, por Mano Menezes. No Maracanã, erros primários.

Que venha a redenção no Gigante da beira do rio…

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