Claudio Luiz Zaffari confirmou à coluna de Giane Guerra, publicada nesta segunda-feira em GZH, que a inauguração do atacarejo do Grupo Zaffari em Gravataí é planejada para o primeiro semestre de 2023. Será, como brinco, ‘o fim de um meme’.
– Está bem adiantado, talvez fique pronto em março ou abril – disse o diretor para a jornalista.
Além das obras do grupo, máquinas começaram a operar dia 13 de junho do ano passado em intervenções necessárias da Prefeitura de Gravataí junto ao empreendimento que vai mudar a região da parada 60 da Av. Dorival de Oliveira.
Não é o carrinho cheio aguardado por 10 anos, mas é um CESTTO – a nova marca do grupo que terá a primeira loja no município com promessa de abertura até o fim do ano.
O investimento inicial é de R$ 90 milhões, com geração de aproximadamente 300 empregos diretos gerados para abertura da loja no segmento de atacado e varejo, também conhecido como cash and carry.
Um conjunto de ações municipais envolve desapropriações e indenizações para a duplicação da Av. Marechal Rodon, que já começa a receber investimentos comerciais, como um posto de gasolina e lojas, e imobiliários. Uma das contrapartidas do Zaffari é um parque ambiental de 4 hectares que a Prefeitura vai manter.
Por enquanto, o CESTTO é menor do que o esperado hipermercado, ou ‘powercenter’, que teria a bandeira exclusiva Zaffari, e tinha projetado meio bilhão em investimentos e 2 mil empregos, mas ainda há a expectativa de investimentos futuros com lojas âncora e torres residenciais na área de 61 hectares.
– É uma grande mudança para aquela região. São previstos investimentos agora e também no futuro, tanto dentro quanto fora da área do Zaffari – antecipou o prefeito em 16 de junho, quando visitou a área ao lado dos secretários de Planejamento Urbano, Cláudio Santos, e de Mobilidade, Guilherme Ósio, e de Silverio Signori, proprietário da Katerra Incorporações Ltda., que era dono da área do parque e fará os empreendimentos de frente para a Rondon.
Foi Zaffa, como ‘gerentão’ nos governos Acimar da Silva e Marco Alba, um dos principais responsáveis pela negociação com Cláudio Zaffari e os herdeiros da área, cujo litígio foi um dos motivos do atraso no investimento.
Em nota à época, na qual explicou a “entrada no formato de múltiplo atendimento, unindo vendas por atacado e ao consumidor final”, o Grupo Zaffari confirmou que além das instalações da unidade CESTTO “numa primeira etapa”, o grupo mantém os planos de “comportar outras edificações gradativamente, que farão parte do conjunto de atividades correlacionadas e complementares, a serem desenvolvidas em separado, mas sinergicamente, buscando melhor atender às demandas da comunidade local”.
O modelo de loja CESTTO prevê dimensões de área de venda de cerca de 6 mil m², com presença forte de seções de produtos perecíveis e amplos espaços para produtos frigoríficos, resfriados e congelados.
“Farão parte do mix os melhores fornecedores reconhecidos, assim como marcas exclusivas, cujos produtos serão apresentados também em tamanhos especiais, oportunizando a melhor compra tanto para comerciantes como para o consumidor final. A marca CESTTO irá operar com cartão próprio. O abastecimento da rede CESTTO estará conectado com a estrutura operacional do Grupo Zaffari já existente, sendo que as primeiras lojas receberão seus produtos da Central de Distribuição de Porto Alegre e terão estoques próprios característicos do segmento”, diz a nota.
Conforme o grupo, a escolha do nome CESTTO foi determinada pelo atributo que a palavra tem de sintetizar o próprio negócio de atacado e varejo, visto que o objeto cesto está diretamente ligado ao ato de acondicionar, carregar e armazenar suprimentos, estando sempre presente nos ambientes de compras e de abastecimento.
Também corroborou para a escolha do nome o fato de ser uma palavra de fácil assimilação, além de ter grande funcionalidade de aplicação gráfica e digital. A letra T dobrada tem a função de trazer personalidade à marca, torná-la única e inconfundível, o que também a conecta sutilmente à marca Zaffari por fazer alusão ao característico F dobrado de sua grafia.
Conforme a nota do grupo, a marca CESTTO rememora os primeiros anos de atuação do Zaffari em Porto Alegre, nos anos 60, quando o atendimento ao consumidor final era realizado em paralelo ao abastecimento de pequenos comerciantes, feiras e outras instituições.
– A oportunidade que temos no momento de desenvolver empreendimentos em novas localizações, somada ao objetivo de obter maior equilíbrio entre as escalas operacionais das vendas B2B, bem como os seus custos, fomentou a ativação da experiência de atacado, agora incrementada com as vendas de varejo ao consumidor final – disse Claudio Luiz Zaffari, diretor do Grupo Zaffari.
– Em plena maturidade empresarial, ampliam-se para o Grupo Zaffari as plataformas e as possibilidades de aproximação de seus fornecedores e da indústria em geral para este atendimento – completou.
Ao fim, concluo da mesma forma que nos artigos anteriores sobre a novela: demorou, é cesto e não carrinho cheio, mas é um grande investimento. Os R$ 90 milhões e 300 empregos, com a grife Zaffari, mudarão aquela região de Gravataí; e também a divisa com Cachoeirinha. Será o ‘fim de um meme’, já que a cada início de ano, pela última década, a obra do Zaffari em Gravataí é notícia.