coluna do cidade

Eu estou morto, vocês estão vivos – AZAR O SEU

Sou o velho mais velho

Sou o velho triste mais triste desse mundo

Gorducho e murcho

Cofiando a barba desparelha

Tocha-humana original no submundo

Sem centelha

Nos limites do escudo

É o mesmo no casamento:

O que nutre É o que pune

O amor é uma crendice

Um diz que disse

A crueldade não é privilégio de quem nos ama

Nem o dharma

Nem o drama

Pra ser surrada e só

Serve minha carne

Meu carma psicossomático

Em dó

Exalo remédios

Zum-zum-zinho psíquico plástico

Nossa intimidade é sua

Nessa natureza severa espontânea

De malícia religiosa cutânea

Mas que cada boca tenha o leite que lhe apeteça

E o mel mais saboroso no seu dia mais festivo

No seu SUA mais fervoroso

Não basta estar vivo

Enaltecer uma nova comunicação é preciso

E AZAR O SEU-se estou morto e vocês vivos

Não foi por falta de avisos.

 

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