É muito estranho construir uma matéria em primeira pessoa, mas vamos tentar. E só faço isso por insistência do chefe Roberto Gomes de Gomes e do colega Rafael Martinelli, dois fumantes inveterados que já me disseram que não vão parar – pelo menos não têm esta intenção, agora – e que vez por outra me empesteiam com o cheiro do tabaco que insiste em entrar no meu organismo e que fica impregnado nas minhas roupas.
Mas ambos são gente boa, e eu não quero apenas dedurá-los.
Quero muito mais do que isso. Quero compartilhar com os leitores do Seguinte: os 10 anos que completo nesta terça-feira (6/6) longe do maldito cigarro. É uma vitória pessoal que divido ao longo deste tempo com amigos e nem tão amigos, conhecidos virtuais e reais, nas minhas redes sociais.
E este compartilhamento via internet, na forma da contagem do tempo em que estou sem o malefício da nicotina, do alcatrão e de algumas outras dezenas – quiçá centenas! – de produtos químicos que compõem um cigarro além da folha picada do fumo, é uma forma que encontrei de manter-me vigilante e tentar motivar outras pessoas a seguirem pelo mesmo caminho.
Felizmente, ao longo destes 3.650 dias, enfrentei dificuldades apenas no início. Os primeiros 30 dias foram danados de brabo. Os 30 dias seguintes serviram para que eu me desse conta de que, sim, era possível. E daí em diante fui empilhando dias, um sobre o outro, até atingir esta marca.
Já contei minha história aqui no Seguinte:, e até compartilho abaixo o link com a matéria.
Outros e eu, 10 anos sem cigarros
Foi uma forma de antecipar a década que se avizinhava e que, hoje, chegou! Transcorridos estes 10 anos, confesso, em nenhum momento sinto, atualmente, vontade de fumar, de dar uma tragada e soltar aquela baforada.
Me sinto com mais saúde, ganhei peso, meu paladar voltou a funcionar e passei a ter a disposição que já havia perdido. Passei a perceber, nos outros, o inconveniente que eu causava enquanto fumante. E, sem querer ofender ninguém (certo Rafael e Roberto?), o fedor é horrível.
Tenho plena consciência, hoje, que não quero mais isso, não vou mais fumar. Mesmo assim mantenho-me atento e sequer ouso brincar de ter um cigarro, mesmo que seja apagado, entre os dedos.
Eu estou feliz com isso. Eu sou feliz por isso, por esta minha decisão e pela conquista alcançada.
Ter condições de repartir esta vitória com todos vocês me causa imensa alegria, não porque eu queira convencer algum fumante a deixar o vício de lado, mas porque quero dizer que é possível obter a cura desta doença que degenera silenciosamente nosso organismo.
Então, viva eu!
Parabéns para minha vitória!
Eu não fumo há 10 anos e nunca mais vou fumar.