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Evandro, um vice das categorias de base

Marco sancionando projeto de Evandro

Vem das ‘categorias de base’ um nome forte para ser vice de Marco Alba (PMDB). É o vereador Evandro Soares (DEM), 42 anos.

Se o ‘veterano’ Beto Pereira (PSDB), 64, largou na frente, com a bênção do atual vice Francisco Pinho (PSDB), o ex-jogador e maratonista corre por fora e pode formar um bloco em torno do nome dele, reunindo apoios que os ‘cascudos’ tentam arregimentar.

Em seu primeiro mandato na Câmara Evandro é o presidente do DEM de Gravataí, vice-presidente do partido no Rio Grande do Sul e uma aposta para o futuro do presidente e deputado federal Onyx Lorenzoni. Tem carta branca para negociar coligações. E, com o desprendimento de não viver uma obsessão para ser reeleito vereador, pode abrir espaço para dois vereadores que estão desesperados por alianças para garantir seus mandatos.

Roberto Andrade (PP) e Tanrac Saldanha (PRB), um com 2.514 votos em 2012, outro com 1.879, são reeleições certas na bolsa de apostas da política de Gravataí, mas temem o desempenho eleitoral dos outros candidatos de seus partidos. Para eleger um vereador, o cálculo preliminar é que sejam necessários pelo menos 6 mil votos nas legendas, ou coligações partidárias.

Uma coligação com o DEM garantiria o mandato tanto para Robertinho, como para Tanrac.

Em troca, os dois só precisariam dar apoio a Evandro como vice, formando um blocão que pode ter também a participação do PV, dos vereadores Márcio Souza e Gerson Rovisco; da Rede, da vereadora Maribel Wagner e do PTB dos ex-prefeitos Edir Oliveira e Abílio dos Santos.

Sob a ótica do umbiguismo de rege a política sob os anjos da aldeia, uma saída de Evandro do páreo pela Câmara também seria uma boa para todos, já que o farmacêutico e ex-dirigente do Grêmio recebeu 1.473 votos em 2012, apoios que poderiam ser diluídos entre outros candidatos da base do governo.

 

: Evandro com Onyx, de quem recebeu carta branca para negociar coligações em Gravataí

 

Evandro diz sim

 

Novo na política, mas astuto nos movimentos de bastidores e no uso das palavras, Evandro despista, como o dirigente que descarta uma contratação de impacto para os adversários não se atravessarem no negócio:

– Converso com o Robertinho, com o Tanrac e com outros partidos para, de repente, formarmos uma nominata em conjunto. Nunca condicionei nada a um apoio para a candidatura a vice.

– Mas não vou te negar que, se me convidarem, e não criar problemas para a base de governo, aceito na hora porque acredito no projeto e considero o Marco um ótimo gestor.

– Mas, no momento, sou candidato a vereador – encerra.

 

O mais fiel depois do ‘filho’

 

Quem vive a Câmara, e acompanha os movimentos da política da aldeia, observa facilmente em Evandro o vereador mais fiel ao prefeito, depois de Alan Vieira (PMDB) – que todos brincam ser o ‘filho político’ de Marco.

Coisa rara entre outros parlamentares da base, é comum ver Evandro defendendo Marco na tribuna da Câmara, nas reuniões e visitas que faz a eleitores, na passada quase diária pelo balcão do Bar do Argeu na 79, ou assistindo aos jogos com amigos gremistas nas cadeiras da Arena.

– O DEM foi o primeiro partido a abrir apoio para a reeleição do Marco – lembra, se referindo a evento no CTG Chaleira Preta, ano passado, logo depois do vice-prefeito Francisco Pinho sair do partido.

– O governo é bom, apesar de falhar ao não conseguir mostrar todas as coisas que são feitas – avalia.

Como um mantra, ele repete um discurso que sempre esquenta os bate-bocas com o irmão Carlos Henrique, petista de carteirinha, em churrascos da família:

– Não é fácil passar imune ao PT. Em Gravataí foram 15 anos e entregaram a Prefeitura quebrada, no Estado olha a bomba que deixaram para o Sartori e, na União, é essa crise econômica e política nunca antes vista.

Para Evandro, Marco deixa neste primeiro mandato um legado histórico de ajuste nas finanças.

– Agora a casa está em ordem. Num segundo mandato vai ser possível fazer mais coisas.

– E é como o Marco diz, o buraco maior que ele está tapando não fica em nenhuma rua, mas no cofre da Prefeitura.

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