O prefeito Luiz Zaffalon (sem partido) nomeou Mauro Greco diretor de departamento de apoio estratégico da Secretaria de Obras Públicas de Gravataí.
Por que postar a indicação para um cargo de médio escalão, com salário de 4.785,04? Porque é mais uma notícia tipo perfil ‘Choquei’ que permite verdades múltiplas na III Guerra Política de Gravataí, Zaffa x Marco Alba, pós Abílio x Oliveiras e Bordignon x Stasinski.
Greco começou na política como um ‘faz tudo’ do ex-deputado federal Jones Martins (MDB).
Foi assessor nos mandatos de vereador entre 2001 e 2008, ano em que integrou a coordenação da campanha de 51 mil votos em que Jones ficou em segundo lugar na eleição para a Prefeitura.
Por indicação de Jones, também foi diretor nas Obras e na Secretarias de Serviços Urbanos e gerente de materiais no Grupo Hospital Conceição (GHC) no governo Michel Temer após o golpeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
Greco teve ainda uma passagem como diretor de licitações na Prefeitura de Canoas, no governo de Luiz Carlos Busato.
Mal foi publicada a nomeação de Greco e comecei a receber prints do Diário Oficial e mensagens de políticos e simpatizantes interpretando que Jones escolheu Zaffa na II Guerra Política.
A fofoca ‘Choquei’ acontece porque, como reportei em Ex-deputado federal por Gravataí, Jones Martins assume presidência de fundação no governo Leite; É candidato?, Jones é hoje presidente da Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul (FPE) no governo Eduardo Leite (PSDB), por indicação de Gabriel Souza (MDB); e o vice-governador, para garantir votos de Patrícia na Assembleia Legislativa, fez as pazes com os Alba – após o casal ter, assim como Zaffa, apoiado Onyx Lorenzoni (PL) e não Leite em 2022 – e hoje apoia a candidatura de Marco à Prefeitura em 2024.
Jones já tinha contestado a ligação que fiz entre ele e a nomeação de Laone Guimarães no governo Zaffa; leia em As ligações de Laone, novo secretário-substituto de Serviços Urbanos de Zaffa; A III Guerra Política de Gravataí e os velhos amigos – se é que jamais ouviu falar de mim.
A meia verdade – e meias verdades sempre tem um lado próximo da mentira – é que a indicação é de Clebes Mendes; só que o vereador do MDB é do grupo político de… Jones!
Nem preciso ligar e incomodar o descanso do ex-deputado federal na Paragem Verdes Campos porque sei vai negar e garantir que não trairá o MDB, mesmo tenha o ex-prefeito o preterido, pelo atual, como candidato a prefeito em 2020.
Ao fim, essas negativas dos políticos lembram-me o humor de Millôr, sobre Ulysses Guimarães, em 1985: “Este homem tem um nome homérico – Ulysses. Vai aparecer hoje no maior picadeiro do país, a televisão, representando o maior bordel do país, o Congresso. Vai tentar um salto mortal duplo de costas – coisa trivial prum atleta circense, impossível prum parlamentar. Vai tentar explicar o inexplicável. Justificar o injustificável. Desmentir o indesmentível. Não há prestidigitação retórica ou malabarismo filosófico que o salve. Este homem é um dos criadores e uma das vítimas das deformações de Brasília-Poder, Brasília-conivência. Vamos ouvi-lo com respeito, e sem esperança”.
