coluna do silvestre

EXCLUSIVO | Condomínio com pista para avião foi pelos ares

Linha de transmissão de energia de alta tensão que vai ser implantada prejudicaria aproximação das aeronaves, inviabilizando projeto habitacional de luxo

O condomínio de luxo, até com pista para pouso e decolagem de aviões de pequeno porte em Glorinha, anunciado sem querer anunciar em novembro passado pelo prefeito Darci José Lima da Rosa (PRB), foi literalmente pelos ares. Pelo menos por enquanto e quase definitivamente.

O abandono do projeto foi confirmado nesta manhã pelo chefe do Executivo, desta vez sem rodeios.

— É, não vai sair. O grupo desistiu do projeto — disse Darci Lima da Rosa, sem dar detalhes das razões que teria levado o grupo empresarial a alterar os planos de voo.

Para o colunista, ‘piloto de um Boeing’ disse que a razão teria sido a aprovação pelos órgãos ambientais do Rio Grande do Sul de um projeto da Eletrobras para uma nova rede de transmissão de energia de alta tensão no estado e que passaria por Glorinha.

A rede de energia, segundo consta e como contou o ‘veterano aviador’, inclusive passa pela Área de Preservação Ambiental (APA) do Banhado Grande e muito próximo da área onde seria implantado o luxuoso condomínio, com um agravante:

— As torres e cabos de transmissão da alta tensão vão passar bem próximos de onde ficaria uma das cabeceiras da pista privada do condomínio, o que seria um risco para as aeronaves em processo de aproximação ou decolagem e situação que inviabilizaria a liberação das operações pelos órgãos que regulam a aviação civil, como a Anac.

 

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O prefeito Darci não comentou o projeto da Eletrobras e não quis entrar no mérito da aprovação pelos órgãos ambientais, como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), da instalação das torres e cabeamento por onde passará a energia de alta tensão na APA Banhado Grande.

Admitiu, entretanto, ( — pelo que fiquei sabendo! — ) que para mudar a pista de pousos e decolagens de lugar seria necessário que os investidores adquirissem um outro terreno, de aproximadamente 50 hectares, para somar aos cerca de 150 hectares já comprados.

O prefeito Darci Lima da Rosa aproveitou o telefonema para lamentar, ao colunista, a perda que um investimento deste porte significa para a economia da cidade. Sem falar números ou projetar índices percentuais, garante que seriam recursos recolhidos na forma de impostos diretos e indiretos que ajudariam muito no desenvolvimento de Glorinha.

— Imagina só! Além do aumento no IPTU que isso poderia representar, ainda teria toda a infraestrutura no entorno que estava sendo projetada. Teria toda uma logística como supermercado, farmácias e lojas movimentando e fomentando a nossa economia — explicou.

O prefeito não tem novas reuniões agendadas com os investidores.

 

 

 

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