O novo modelo de carro que deve ser colocado nas ruas e estradas brasileiras até o final de 2019 já entrou em produção no Complexo Automotivo Industrial de Gravataí (Ciag), capitaneada pela fábrica da General Motors (GM).
O “passarinho verde” que me contou, disse que em pelo menos uma das sistemistas já dá para ver a produção da estamparia, que é a parte da lataria do carro. Tem as dimensões que indicam se tratar de um SUV urbano.
Ou seja, vai ser mesmo um modelo mais compacto do que os SUVs tradicionais, e muito parecido com a Tracker que a GM produz e de acordo com o que já havia sido noticiado aqui mesmo no Seguinte:.
Quando do comunicado oficial do aporte de R$ 1,4 bilhão pela montadora norte-americana na fábrica de Gravataí o vice-presidente da General Motors Mercosul, Marcos Munhoz, me disse que o novo modelo ainda estava na fase da prancheta. Clique aqui para ler.
Pelo jeito já foi desenhado e já está saindo do forno. Ou das prensas. As peças da estamparia se referem à estrutura (chassi) metálica, além de portas e tampas. A próxima fase é a montagem do conjunto para testagem dos encaixes e verificação da aerodinâmica.
Peças injetadas
Outra informação que recebi nesta terça-feira dá conta de que a própria General Motors vai assumir a produção de algumas das peças que utiliza na montagem dos veículos e que, até agora, são fornecidas pelas empresas sistemistas.
Algumas delas seriam as peças plásticas do revestimento interno e do painel, que passariam a ser injetadas num “puxadinho” que está sendo construído no terreno mais próximo da área administrativa do complexo da GM na aldeia dos anjos.
Além de uma redução de custos – comprar de terceiros – estaria sendo considerada a flexibilização das relações trabalhistas como forma de assumir a produção para abastecer a linha de montagem local e até de outras fábricas da empresa.
Terceiro turno
Quase a totalidade dos aproximadamente 1 mil funcionários – entre novos e os que estão retornando à empresa – já estão selecionados e provavelmente na semana que vem comecem a frequentar a fábrica para conhecer e treinar já nas suas funções.
Este grupo faz parte do terceiro turno que a GM de Gravataí vai ativar no começo de dezembro para aumentar a produção do Onix e do Prisma, visando atender à demanda crescente no mercado automotivo nacional.
A retomada de produção em três turnos se dá depois de dois anos já que em novembro de 2015 a montadora instituiu regime de lay-off, atingindo mais de 800 funcionários que trabalhavam no terceiro turno. Fruto da recessão econômica e queda acentuada nas vendas.
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Mais empregos
A boa notícia em termos de emprego também vem das sistemistas – empreas que estão no Ciag e que produzem peças para a montadora. A expectativa inicial era de que cerca de 700 empregos seriam gerados em razão, justamente, do terceiro turno.
Essa contratação de pessoal está acontecendo porque, sendo produzidos mais carros, é necessário fabricar mais componentes para atender à demanda da linha de montagem. Em apenas uma destas empresas já são cerca de 200 novos empregados.
Eu escrevi em “apenas uma”. As sistemistas, hoje, são quase 20. O que significa que o número de contratações pode superar a expectativa.
Nada de extraordinário nisso, considerando que o Onix se mantém no topo dos mais vendidos no Brasil ao longo dos últimos três anos. E mais: com volume de vendas em expectativa de crescimento se acontecer, como os entendidos esperam, a normalização da economia verde-amarela.
CARRO ELÉTRICO
E, não esqueçam!
Eu aposto nesta possibilidade que publiquei aqui mesmo no Seguinte:, no começo de outubro. Está no link abaixo.