“Guo Wengui, que se apresenta como um bilionário chinês exilado e politicamente conectado, tentou provocar uma guerra entre os Estados Unidos e a China”. Recomendamos o artigo do jornalista Pepe Escobar, publicado pelo The Seaker e traduzido por Patricia Zimbres para o 247
Guo Wengui, também conhecido como Guo Haoyun e por seu nome inglês, Miles Kwok e Miles Guo, que se apresenta como um bilionário chinês exilado e politicamente conectado, tentou provocar uma guerra entre os Estados Unidos e a China.
Em 15 de fevereiro, o bilionário entrou com um pedido falência pessoal junto ao Tribunal de Falências de Bridgeport, no estado de Connecticut, declarando bens no valor de apenas 3.850 dólares e dívidas entre 100 e 500 milhões. Essa declaração de Guo veio depois de uma administradora financeira de Hong Kong, o Pacific Alliance Group, tê-lo processado por não-pagamento de dívidas.
A declaração de Guo certamente não fazia o menor sentido. Apenas três meses depois de ter entrado com o pedido de falência, Guo gastou quase 2 milhões em honorários advocatícios. Mas, em 11 de maio, ele entrou com um pedido de dispensa das despesas com falência pessoal, junto ao tribunal e através de seu advogado, declarando que não tinha mais dinheiro para pagar os honorários advocatícios.
Durante a audiência de falência, Guo afirmou não possuir casa, carro nem cartões de crédito. Isso de modo algum coadunava com o luxuoso estilo de vida que ele exibia nas redes sociais – com mansão, jato particular e iate.
Tratar-se-ia- realmente de falência? Ou de um elaboradíssimo ardil?
‘I wanna be part of it, New York, New York’
Guo nasceu em uma família modesta, em fevereiro de 1967, em uma área rural da província de Shandong. Segundo o site de notícias China Youth Network,ele, na adolescência, passou por experiências proverbiais e reveladoras, como matar aulas, se meter em brigas e jogatinas. Ele se casou aos 18 anos, provocou a morte de seu próprio irmão em uma discussão causada por meros 7 mil yuans e foi condenado a três anos de prisão e a quatro de liberdade condicional por fraude.
Guo ficou famoso por ter construído um império imobiliário em Pequim, o que lhe valeu títulos tais como “Gigante do Capital”, “Caçador de Poder” e “Pirata do Caribe”, conferidos por embasbacados cidadãos das redes sociais chinesas. Em 2017, a Interpol emitiu um Alerta Vermelho com o nome de Guo, que já havia fugido para os Estados Unidos em 2015, depois de ser acusado pelo governo chinês de fraude, suborno e lavagem de dinheiro. Ele negou todas as acusações.
No entanto, segundo informações acessíveis ao público, Guo cometeu uma série de fraudes financeiras, inclusive um golpe de 539 milhões de dólares tendo como alvo pequenos investidores nos Estados Unidos, um empréstimo fraudulento de 470 milhões de dólares na China e um esquema de pirâmide com criptomoedas no valor de 43 milhões de dólares.
Em anos recentes, Guo vem tendo uma intensa participação online, angariando fama principalmente por sua feroz crítica ao Partido Comunista Chinês.
Segundo o Departamento de Segurança Pública de Chongqing, Guo, desde 2017, vem trabalhando em um pedido de asilo político nos Estados Unidos, inventando uma série de relatórios detalhados publicados nas redes.
Alguns deles, girando em torno das estrepolias sexuais de Hunter Biden, chamaram a atenção da mídia dos Estados Unidos. A narrativa central de Guo era que “Temos que deixar claro… que o Partido Comunista ameaçava Hunter (e Joe) Biden”. Mas ele não mostrava nenhuma prova. Em 2017, Guo conquistou a atenção do Foreign Affairs, em um artigo escrito conjuntamente com Rush Doshi, hoje diretor sênior para a China no Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos. O artigo relatava de que forma Guo – sem citar fontes nem provas conclusivas – fez alegações sensacionalistas sobre o Vice-presidente chinês Wang Qishan, chefe da campanha anticorrupção do Presidente Xi Jinping.
– Guo Wengui, um bilionário chinês expatriado, passou a fazer alegações explosivas no You-tube e no Twitter sobre a membros da liderança chinesa – afirmavam Doshi e o coautor George Yin.
– O Presidente Xi Jinping, afirmava Guo, havia buscado informações comprometedoras sobre Wang Qishan, o braço direito de Xi e chefe de sua campanha anticorrupção. O político encarregado de erradicar a corrupção oficial, sugeria Guo, era ele próprio corrupto, se não diretamente, pelo menos em razão das supostas participações financeiras de sua família. As acusações de Guo pareciam ter como objetivo o rompimento das principais relações políticas internas à China antes do 19º Congresso do Partido, a ser realizado em outubro, quando seus membros irão decidir quanto à longevidade de Xi como presidente e escolher os participantes dos principais órgãos decisórios chineses.
Guo tinha entre seus patrocinadores altas autoridades dos serviços de segurança, hoje caídas em desgraça: Ma Jian, Vice-Ministro da Segurança Pública entre 2006 e 2015 e Zhou Yongkang, Ministro da Segurança Pública entre 2002 e 2007.Um membro poderoso da Comissão Permanente do Politburo, Zhou foi expulso do partido Comunista em 2014 e condenado a prisão perpétua no ano seguinte. Em 2018, Ma foi condenado a prisão perpétua por aceitar subornos de Guo, segundo os autos do processo. Um outro patrocinador de Guo, o membro do Politburo Sun Zhengcai, foi condenado à prisão perpétua por suborno em 2018.Sun era o chefão do Partido Comunista na megacidade do oeste, Chongqing. Após ele ter caído e desgraça, os contatos com Guo passaram a ser feitos pelo vice-ministro de polícia Sun Lijun (sem parentesco com Sun Zhengcai ) e pelo Ministro da Justiça Fu Zenghua. Sun Lijun foi condenado por corrupção em julho de 2022 e aguarda o proferimento de sua pena. Fu está preso e aguarda julgamento.
O que chama a atenção é que, durante todo esse período, Guo atuou como agente de funcionários dos serviços secretos da China condenados por corrupção.
Mais tarde, em 2021, Guo passou a espalhar a alegação de que hackers chineses haviam transferido votos, na eleição presidencial, de Trump para Joe Biden.
A politicagem de Guo é tão intrigante quanto suas aventuras empresariais. Em especial devido a seu status de ex-protegido do poderosíssimo Ministro da Segurança do Estado, Ma Jian que, por sua vez, foi o mentor do chefe dos serviços de segurança Zhou Yongkang, então membro do Politburo.
Não foi por acidente que Guo fugiu da China logo após a prisão de Ma e Zhou no âmbito da campanha anticorrupção do Presidente Xi. Àquela época, Guo estava envolvido em uma ferrenha disputa com seu antigo sócio e magnata com importantes conexões políticas, Li You, o que estava trazendo atenção indesejada para seus negócios financeiros.
O enredo central dessa obscura saga gira em torno de desdobramentos pouco transparentes ocorridos no todo-poderoso Ministério da Segurança do Estado (MSE) em inícios da década de 2010, quando Xi chegou ao poder.
Os manejadores de informações de Guo, Ma e Zhou, eram aliados de Ling Jihua, que havia sido chefe de gabinete do ex-presidente Hu Jintao. O elo crucial entre Ma e Ling foi Sun Zhengcai, antigo secretário do partido em Chongqing, e também membro do Politburo.
Como vimos, Zhou, Ling e Sun, todos eles, acabaram na cadeia – como alvos da campanha anticorrupção de Xi. Mas, surpreendentemente, o mesmo não aconteceu com Guo – que, segundo antigos altos funcionários do governo chinês, era um agente do MSE de Ma, encarregado de operações especiais no exterior.
A tarefa de Guo, em 2012, era sabotar a ascensão de Xi espalhando uma série de fake News, tanto na China quanto em meio à diáspora chinesa. O plano fracassou.
Mesmo assim, Guo continuou trabalhando como agente do MSE até pelo menos outubro de 2021, segundo bem-colocadas fontes chinesas. Tendo em vista suas atividades recentes e o fato de ele ter sido generosamente abraçado por importantes falcões norte-americanos, tudo indica que sua missão era causar o máximo dano às relações Estados Unidos-China, e talvez arruiná-las a um ponto sem retorno.
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Guo impressionou seus anfitriões americanos com a exibição de uma vasta fortuna. Depois de fugir da China, ele passou a residir em Nova York, em um apartamento de 70 milhões no Hotel Sherry-Netherland, na 5ª Avenida, com vista para o Central Park.
Seu exibicionismo incluía comprar, a cada ano, mais de 200 ternos de alta alfaiataria, gastar mais de 20 milhões de dólares em honorários advocatícios pelo mundo afora, fumar charutos de 10 mil dólares e beber edições limitadas da bebida chinesa Moutai. Tudo isso, é claro, batia com sua declaração ao tribunal de falências de possuir apenas 3.850 dólares em bens pessoais.
Em seu pedido de falência, Guo declarou à corte que suas despesas eram financiadas por sua família. O apartamento luxuoso em Nova York era de propriedade da empresa da família, a vila era de propriedade da empresa de sua mulher, e suas despesas cotidianas e todos aqueles ternos sob medida eram pagos pela Golden Spring, uma empresa sediada em Nova York, de propriedade de seu filho Guo Qiang.Qu Guojiao, ou Natasha Qu, que havia sido assistente financeira de Guo Wengui, e que ainda mora na China, revelou em uma entrevista exclusivaque, em um período de mais de 20 anos, Guo fundou mais de 100 empresas em Hong Kong, China, Reino Unido, Estados Unidos, nas Ilhas Virgens Britânicas e nas Ilhas Cayman. Nenhuma delas estava em nome de Guo, disse ela. No entanto, independentemente de quem ou de qual empresa detivesse a propriedade dos bens, o fluxo de dinheiro e a participação acionária sempre fluíam na direção de Guo, afirmou Qu.
Sabe-se que Guo acumulou uma imensa fortuna entrando em conluio com figurões influentes dos bastidores da política chinesa e magnatas do meio empresarial, todos corruptos: é por essa razão que Guo é famoso nas redes sociais chinesas como o “Gigante do Capital”. No entanto, a maior parte do dinheiro veio de fontes desconhecidas e nunca esteve em nome de Guo.
A Conexão Blair
Como anteriormente noticiado pelo respeitado jornal empresarial chinês Caixin Global, uma das principais fontes de dinheiro de Guo foi conseguida com o apoio do antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair. Foi com o endosso de Blair que Guo levantou três bilhões de dólares junto à família real de Abu Dhabi.Blair voou em um jato particular de alto luxo em uma visita ao Oriente Médio, em 2013, na qualidade de enviado do Quarteto para o Oriente Médio, da ONU. Ele foi acompanhado por Guo, que se encarregou de pagar pelo voo, segundo o Caixin.Guo conquistou os favores de Blair ao comprar cinco mil cópias em chinês do então recém-publicado livro autobiográfico Speaking for Myself, de autoria de Cherie, mulher de Blair, em agosto de 2009. Em 2013, Blair apresentou Guo a um grupo de dignitários da família real de Abu Dhabi segundo o jornal.Em 2014 Guo, com o apoio do poderoso Ma Jian, então vice-ministro da segurança chinês, fez uso da posição de Blair como enviado especial do Quarteto do Oriente Médio para ganhar a confiança da realeza de Abu Dhabi. Guo acabou por assinar com eles, em Macau, um contrato criando um “Fundo Árabe-Chinês, em 16 de dezembro daquele ano”, segundo o jornal China Daily.
O primeiro 1,5 bilhão foi pago pela empresa de Abu Dhabi Roscalitar 2, registrada nas Ilhas Cayman, a uma das contas bancárias de Guo Wengui, no dia seguinte à assinatura. O assistente de Guo àquela época, Qu, confirmou na entrevista que o dinheiro foi usado para comprar ações na bolsa de Hong Kong, propriedades imobiliárias, um iate e outros bens.
Natasha Qu afirmou:
– Em dezembro de 2014, Abu Dhabi transferiu 1,5 bilhão a Guo Wengui, que imediatamente a instruiu a transferir o dinheiro para a HK International Funds Investment Ltd, empresa controlada por Guo Wengui por intermédio dela e de Guo Qiang.
Guo, segundo Qu, “pediu a ela que transferisse um total de 520 milhões de dólares em duas parcelas à conta da Bravo Luck Ltd. Os pagamentos foram então feitos através da conta da Bravo Luck Ltd para adquirir o iate Lady May, o apartamento de luxo em Nova York, e outra parte do dinheiro foi também transferida para o próprio Guo Qiang e à empresa Golden Spring por ele controlada”, em sua sede em Hong Kong.
Natasha Qu acrescenta:
– Embora Guo Wengui possuísse mais de cem empresas em Hong Kong e nas Ilhas Virgens Britânicas, nenhuma delas fazia operações de negócios e, basicamente, não havia saldo nas contas bancárias dessas empresas. Elas, simplesmente, foram criadas para levantar e transferir dinheiro. Todas as despesas de Guo Wengui, naqueles dois ou três anos, tanto na China como no exterior, foram pagas com esse dinheiro de Abu Dhabi.
Não há informações quanto a se ainda há sobras desse dinheiro. O que está claro é que Guo continuou gastando até e depois de seu pedido de falência, depois de declarar que estava totalmente quebrado. Guo contratou três advogados famosos da importante firma de advocacia norte-americana Brown Rudnick LLP, cada um deles cobrando mais de 1000 dólares por hora, segundo relatos sobre o processo de pedido falência.
Documentos constantes do processo de falência aberto por Guo mostram que na véspera da abertura do processo, ele transferiu 1 milhão de dólares para a firma Brown & Rudnick a partir da conta da Lamp Capital Ltd (Lamp Capital). Além dessa firma, Guo também contratou os serviços da Stretto Insolvency Solutions e da V&L Financial Services, segundo documentos constantes nos autos. Em maio de 2022, Guo tomou um empréstimo de mais de 8 milhões de dólares de sua própria empresa Golden Spring sediada em Nova York para pagar por serviços financeiros e de administração de processo de falência.
Será que continuo (falido) ou vou me embora?
Não sabemos ao certo o quão rico Guo Wengui realmente é, e de quanto, na verdade, é seu patrimônio.
Um dos bens mais contenciosos nesse litígio, que já se desenrola há anos, com o Grupo Pacific Alliance, de Hong Kong, é o agora famoso iate Lady May, onde altos funcionários federais prenderam Steve Bannon em 2020 sob a acusação de fraude. Guo afirmou que havia vendido o iate para sua filha Guo Mei pelo preço de 1 dólar, e que a embarcação estava ancorada em um porto espanhol.
Natasha Qu relata que “o iate havia sido comprado em fevereiro de 2015 por Guo Wengui por 28 milhões de euros, com dinheiro proveniente da primeira parcela de 1,5 bilhões de dólares liberados pelo China-Arab Fund, em nome da Hong Kong International Fund Investment Ltd, e registrado em nome dessa empresa”.
Qu diz ter transferido a propriedade do Lady May a Guo May por 1 dólar, em 17 de junho de 2017, por ordem de Guo. Em outubro de 2014, Guo pediu que Natasha Qu assinasse uma Declaração de Fideicomisso na qualidade de curadora das ações da Hong Kong International Fund Investment Limited, após o que a empresa foi transferida para Natasha Qu pelo preço de 1 dólar de Hong Kong, sendo que a curadora deveria administrar o patrimônio em nome de Guo, o beneficiário.
A Declaração de Fideicomisso deixava claro que todos os atos da curadora, Natasha Qu, em relação à propriedade das ações da empresa deveriam seguir as instruções do beneficiário, Guo Wengui. Após Qu ter assinado a Declaração de Fideicomisso, ela afirmou que o documento foi levado por Guo e mantido em poder de seu advogado.
Como explica Natasha Qu, “Quando a polícia de Hong Kong passou a investigar Guo por lavagem de dinheiro, em 2017, Guo me pediu que preparasse a documentação para uma viagem aos Estados Unidos para transferir a totalidade da Hong Kong International Fund Investment Limited para o nome de Guo Mei”.
Após sua fuga para os Estados Unidos, Guo se esforçou ao máximo para se apresentar como profundamente hostil a Pequim. Os patronos de Guo nos serviços de segurança ou haviam sido condenados por crimes graves ou estavam sob investigação, e ele temia ser preso por acusações de corrupção. Segundo o New York Times, Guo constava da lista chinesa dos mais procurados por crimes de suborno, fraude e lavagem de dinheiro.
Guo gastou fortunas para conquistar o apoio de pessoas próximas ao Presidente Donald Trump. Ele contratou Steve Bannon, antes estrategista da Casa Branca, por honorários de 1 milhão de dólares anuais. Juntamente com Bannon, Guo anunciou a criação do “Novo Estado Federal da China”, supostamente para derrubar o Partido Comunista Chinês.
O “Estado Federal” realizou um evento em Nova York, em 4 de junho de 2022, com a presença de Bannon e de um grupo de antigos assessores de primeiro escalão do governo Trump, inclusive o consultor da Casa Branca para comércio exterior Peter Navarro e o redator de discursos Jason Miller.
Antes da aventura do “Estado Federal”, Guo havia criado, em 2018, a Fundação do Estado de Direito; lançado a série G de projetos de investimentos, como a GTV e o G Coin, bem como empréstimos a agricultores, cartão do G-club e Xi Coin. Esses empreendimentos trouxeram centenas de milhões de dólares em vendas e doações, mas o colocaram em dificuldades com a justiça.
Em maio de 2020, a Comissão de Ações e Câmbio (SEC) impôs a Guo uma multa de 539 milhões de dólares em razão de investimentos privados ilegais no valor de 487 milhões de dólares, na GTV e no G Coin. Os outros projetos de Guo também estão sob investigação em graus variados, entre eles um “empréstimo agrícola” de quase 200 milhões, feito ao final de 2020, e os mais de 100 milhões provenientes da venda de um bilhão de H-coins em 2021. O destino e o uso desses fundos são um total mistério.
O pedido de falência de Guo Wengui ainda está em julgamento. Por ordem judicial, Guo, como proprietário do iate Lady Mary, comprometeu-se, em 5 de abril, a permitir que a embarcação retornasse aos Estados Unidos até 15 de julho e a pagar uma caução de 37 milhões de dólares. Em 17 de abril, o tribunal de falências acusou Guo de desrespeito à justiça por ter escondido seu iate no exterior. Em 11 de maio, Guo, voluntariamente, pediu a anulação de seu pedido de falência. Esse comportamento bizarro chamou a imprensa de toda a grande mídia.
As decisões Tribunal de Falências
Em 16 de junho, o Tribunal de Falências de Connecticut afirmou que Guo Wengui e sua família tinham interesse em diversas sociedades de responsabilidade limitadae teriam ocultado patrimônio e fraudado credores ao depositar um volume significativo de bens pessoais em nome de vários subordinados e membros da família.
O tribunal, por fim, negou o pedido de anulação do pedido de falência e designou um curador para os bens listados no processo, deu continuidade a este e designou um outro curador para conduzir uma investigação em escala internacional sobre o patrimônio de Guo, e também para determinar se Guo havia agido de boa fé ao pedir falência.
Se os credores interessados nessa investigação concluírem que Guo ocultou bens e pediu falência, ele pode ser declarado culpado por tentar burlar as leis de falência dos Estados Unidos, e também de falência fraudulenta. Isso o colocaria em sérias dificuldades perante a lei. E desta vez não haverá patronos poderosos do Ministério da Segurança Estatal para dar a ele uma mãozinha.