A direção do Grupo Zaffari não faz referência ao andar de tartaruga do processo de desapropriação, pela Prefeitura de Gravataí, da área que necessita para construir o arruamento e fazer deslanchar as obras do megaempreendimento de R$ 300 milhões, ou mais, na altura da parada 60 da avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira.
Pelo contrário.
No e-mail que recebi hoje da agência Prática, o Zaffari faz parecer que está tudo normal.
Mas não está!
Dos quatro donos do terreno lindeiro à propriedade do grupo que tem o esquilo como mascote, pelo menos dois estariam de queixo duro e descontentes com os valores propostos pelo município pela área desapropriada. A situação ainda não está documentada, mas a insatisfação verbal já chegou à administração municipal.
Ou seja, pode até acontecer uma contestação judicial à desapropriação assinada pelo prefeito Marco Alba (PMDB) dia 11 de novembro passado. Caso isso ocorra de fato o projeto do powercenter do Zaffari em Gravataí entra novamente em stand by. É que a empresa precisa da liberação das áreas para construir as ruas, até para fazer o projeto técnico da obra.
Até agora, na Prefeitura, não há nenhum protocolo referente a qualquer projeto do Grupo Zaffari. O que existe, tão somente, é o fato de o conglomerado de ‘hipers’ e ‘supers’ ter adquirido um terreno em Gravataí e tornado público o plano de investir na cidade.
O Zaffari
Por outro lado, e menos mal que seja assim, pelo que a direção do Grupo deu a entender no e-mail da Prática, as coisas estão seguindo seu curso normal. Ou seja, a expectativa é de que a movimentação maior se dê a partir de março com a feitura dos projetos necessários e o encaminhamento da documentação à Prefeitura.
Aliás, dentro da administração municipal reina uma certa tranquilidade em torno do assunto já que, informalmente, o prazo para deslanchar o powercenter, falado pelo próprio diretor de expansão Cláudio Luiz Zaffari, na sua última visita ao município, é mesmo no mês que vem, março.
Sobre a desapropriação, diz o e-mail:
— A Prefeitura Municipal de Gravataí está trabalhando nos ajustes formais decorrentes da desapropriação para liberar efetivamente as áreas necessárias para implantar o sistema viário previsto no Plano Diretor do Município para a região do empreendimento.
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Nada protocolado
A contradição está na informação vinda do Zaffari, segundo a qual: “Os projetos das vias estão tramitando e precisam ser liberados para posteriormente entrarem no processo de contratação e execução”. Fonte de dentro da administração assegura, como referi antes, que não há qualquer projeto ou pedido protocolado na Prefeitura.
A obra do megaempreendimento do Grupo Zaffari, no terreno de 203 mil metros quadrados, vai se dar por fases segundo a informação que recebi nesta sexta. A implantação dos módulos será por etapas com ênfase à construção do Hipermercado Zaffari, âncora central do empreendimento como um todo.
O que mais tem no e-mail:
1
As fases de implantação ainda não estão definidas e os estudos estão sendo retomados.
2
Já foi concluído o estudo de acessibilidade viária, principalmente observando a Avenida Dorival Cândido Luz de Oliveira, principal artéria da região, mas não descuidando das interligações internas com a malha viária existente.
3
Após os projetos definidos, aprovados e licenciados, com as fases de implantação identificadas, serão organizados os novos cronogramas e plano de negócio para o empreendimento.