A Sogil espera só pelo 行 dos chineses da BYD para testar um ônibus 100% elétrico no segundo semestre deste ano.
A confirmação foi dada com exclusividade para o Seguinte: por Fabiano Rocha Izabel, diretor da concessionária, que articula o teste com o veículo de tecnologia limpa a partir de contatos feitos junto a executivos da multinacional durante feira do setor em São Paulo.
Vice-presidente da Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Rio Grande do Sul (Setergs), além de um dos todo-poderosos da Sogil, Fabiano não arrisca projetar quando os ônibus elétricos se tornarão uma realidade em larga escala no Brasil.
Mas observa que licitação recém aberta para o transporte coletivo na cidade de São Paulo já prevê que pelo menos 1 a cada 10 veículos use a tecnologia de emissão zero de poluentes.
– É o caminho – informa, sobre os ônibus que, conforme entrevista dada ano passado por Adalberto Maluf, diretor de sustentabilidade e novos negócios da BYD no Brasil, custariam aproximadamente R$ 600 mil, já com ar condicionado.
– São veículos caros, mas com um investimento que depois pode se pagar. É difícil projetar prazos porque é uma tecnologia que ainda necessita de ajustes para o uso urbano, principalmente no design e abastecimento – explica.
No desenho, pelas duas toneladas de baterias ocuparem um espaço muito grande, que hoje é reservado aos passageiros. Em relação ao abastecimento, pela necessidade de grandes quantidades de energia elétrica para recarga, além das dificuldades ambientais para o descarte dos componentes de lítio.
– A carga da bateria pode durar até 4 horas. Usando a rede pública, derrubaria parte da cidade para alimentar simultaneamente 10 ônibus. As empresas precisarão ter subestações próprias.
Para se ter uma idéia, a Sogil tem hoje 291 veículos, que rodam mensalmente um milhão e meio de quilômetros.
Em São Paulo, onde há cinco anos já são usados ônibus com cabos, começou a ser testado em 2018 um modelo similar ao que deve chegar a Gravataí. O ônibus pode circular por qualquer região e não corre o risco de parar por falta de energia elétrica, ou porque o cabo se soltou.
Movido a eletricidade, o veículo não faz nenhum barulho, é automático e projetado para rodar sem trancos ou trepidação.
O Seguinte: prepara para a próxima semana uma reportagem com mais detalhes.
LEIA TAMBÉM