Pessoal, o que a Marcela, mulher do Temer, fez prá cair na boca do povo?
Marcela é bela? É bela. Fisicamente, é bela. Mas para ser justa com o mulherio, garanto aos jornalistas da revista Veja, responsável pela publicação que está dando o que falar, que todas as mulheres são belas.
São belas as muito feias que moram em favelas ou nos confins das terras inóspitas – sem cosméticos, desnutridas, precocemente envelhecidas – mas viram leoas na defesa de seus direitos e de suas crias.
São belas as meninas cheias de espinhas, magrelas ou gordinhas, sofrendo brincadeiras cruéis na escola e na rua, mas repletas de energia e autoestima.
São belas as velhas para quem o tempo é só detalhe na vida, a exemplo de Madre Tereza de Calcultá, Bibi Ferreira, Eva Sopher e tantas outras grandes mulheres que conhecemos.
Marcela é recatada? É recatada. Ninguém a vê por aí badalando na sociedade, viajando pro Exterior pra trazer montes de compras das grifes que as colunas sociais adoram citar.
Qual o problema de ser recatada? Se o recato é uma opção e não o resultado da submissão ao pai, ao namorado, ao marido, ao sacerdote, à família, à opinião de terceiros, então deixemos em paz as mulheres recatadas.
Marcela é do lar? É do lar. Que legal isso! É bom que haja mulheres felizes cuidando dos filhos e da casa. Ruim é quando nos ameaçam deixando no ar que uma mulher do lar é uma mulher incompleta. A dupla e às vezes, tripla jornada de trabalho pode ser escolha, ou necessidade, mas nunca uma imposição. A imposição, mesmo sutil, é tirania, não é mesmo?
Deixem Marcela em paz. Companheira de candidato a presidente, ela poderia ser feia, bagaceira e do bar. Ninguém teria nada a ver com isso.